quinta-feira, 1 de novembro de 2018

O DESCORTINAR DA DEMOCRACIA



   Bom dia a todos! Após um longo período, volto a escrever neste instrumento tão importante! E a mensagem que venho trazer é ainda mais séria. Venho falar de política como nunca dantes o fizera. Espero, sinceramente, que compreendam a minha preocupação ao registrar as palavras seguintes.
   Meus amigos, com toda a sinceridade do meu coração, escrevo aos que já eram simpatizantes pela esquerda (ou um dia o foram) ou os que se tornaram como tal devido ao movimento anti-bolsonarismo, que surgiu durante a recente ascensão do nosso agora presidente e à época apenas candidato.
   A doutrinação e, mais que isso, o proselitismo petista e esquerdista, mais amplamente, algo extremamente farisaico e pernicioso, como vem se mostrando ser, é algo que não havia mostrado nem uma reles parte de suas entranhas. A raiz de maldade que existe intrinsecamente à vida partidária de seus integrantes e à vida cotidiana dos que são doutrinados pelo pensamento esquerdista é algo muito mais arraigado até mesmo do que os felizardos ex-petistas poderiam imaginar. Sim, porque os atuais petistas e simpatizantes não o podem. Pensar e imaginar, algo que é natural dos racionais, é proibido entre eles.
Vejam este relato de um/uma jovem estudante que deseja, tão simplesmente, ser racional, dono/a da própria opinião e escolha e não pode fazê-lo. Simplesmente por conviver num ambiente onde todos tem que seguir a cartilha da maioria. Tem que se tornar um deles em poucos meses, como foi citado.
   Tenho conversado com alguns universitários, todos em escolas públicas. E são todos anti-bolsonarianos. Mas não por opinião própria nem por convicção particular sólida, como pode parecer, devido à veemência com que falam e sim por fazer parte do grupo, da onda  esquerdista. A prova disso é que, se você começar a questionar os reais motivos da aparente convicção deles, rapidamente irão se fechar para a conversa e dizer que cada um deve ficar com sua opinião, pois não haverá concordância.
   Ora, quem tem opinião e convicção sólida e, mais que isso, que continua a pensar, não tem medo de expor suas verdades e pensamentos, até porque se aprende todos os dias, quando se é um verdadeiro pensador. O simples fato de o nascer do sol ser único a cada dia, nos faz entender que precisamos sair de nosso mundo  particular e nos abrirmos ao diálogo, a fim de aprendermos e ensinarmos algo junto com nosso semelhante.
   Os acontecimentos muito recentes, pós vitória de Jair Bolsonaro, revelam que a onda esquerdista que surgiu poucos meses antes do primeiro turno das eleições, tinha por objetivo primordial, não o de lutar pela democracia ou escolher o melhor candidato e, sim, tentar manter a esquerda no poder, perpetuando todo o conceito de falsa liberdade que a mesma representava.
   Realmente parece haver, na mente dos anti-mitanos, um longo terceiro turno, que pretendem fazer durar quatro anos. Apesar de a democracia já ter provado e comprovado o que a maioria (que é quem decide na democracia) escolheu eleger Jair Messias Bolsonaro, querem, a todo custo, desvirtuar todo o processo democrático que precede o início do mandato do Presidente Bolsonaro.
   Não, ele não é "o Messias" que o Brasil precisava, apesar de o ser no nome. Mas ele é o instrumento que o Cristo escolheu para nos governar pelo próximo mandato. E ele não é perfeito, graças a Deus. Sim, pois essa imperfeição mostrará, a cada dia, que é possível sim, construirmos um novo Brasil, mesmo sendo imperfeitos.
   O que precisamos é de união, e não de perfeição. Precisamos de tolerância, de paciência, de compreensão e de reduzir o nosso ritmo ao nível de podermos aprender e apreender, ao máximo, tudo o que pudermos nesta nova fase que se inicia em nosso país.
   Que comece o crescimento! Que se abram as portas da negociação! Que se rompam as janelas do livre pensamento e do empreendedorismo! Que as famílias se tornem sólidas! Que se lute por melhorar as relações, e não pelo fim delas! Que os filhos respeitem e honrem seus pais! Que os pais e avós tenham prazer em ensinar, aos filhos e netos, as histórias que aprenderam com os mais velhos! Que seja mantida a inocência da criança! Que as crianças possam viver uma infância intensa, livre e segura! Que possamos sentir orgulho de ser brasileiros!

Segue o relato supracitado.

Manifesto de um aluno universitário que não quer ser da esquerda

É isso mesmo o que vc leu. Sou aluno de uma universidade pública federal de um curso da área de Humanas. Você não sabe o como as coisas são aqui dentro. Vejo algumas matérias de intolerância, mas nada se compara ao ambiente das Universidades Federais.

Aqui tem frase feminista que diz: morte aos machos. Aqui o laicismo é só pra religião cristã, pq as outras religiões e seitas são, inclusive, incentivadas pelos professores.

Se alguém questionar algo,  é racista e intolerante. Aqui vc tem que fingir que é a favor do PT, do PSOL, do PCdoB, caso contrário eles não sentam com vc no refeitório, não pegam o mesmo elevador, te xingam, perseguem, falam que vc é algum "ista" só pq vc não concorda com eles.

Me diga, cidadão, isso é liberdade de pensamento?

Tem mais, ele fazem sexo ali na sua frente. Usam o termo hétero como xingamento. E você será um homofóbico se não concordar com eles.

E os professores. Ah esses são os melhores. Falam do Karl Marx como se ele fosse o Batman. O socialismo é ótimo, não para eles, que têm carrões, apartamentos em área nobre e filhos estudando no repressor Estados Unidos.

O pior é o que vou relatar agora, que foi o que me motivou a escrever esse manifesto. Os alunos criaram um filtro para o Facebook, no qual eles colocam uma foto e abaixo tem escrito "desaparecido". Eles dizem que é pra simular como será os perfis se a ditadura voltar. Pois, segundo eles, muitos vão sumir.

Eu achei isso tão absurdo e cheguei a conclusão de que quem quer a ditadura são eles.

Você já percebeu que quem mais fala da ditadura é a esquerda? Eles tem um fetiche por esse assunto. Parece até que querem viver isso. Parece que eles têm um desejo de ser herói, mas aquele herói martirizado. Não percebem que estamos em outro tempo. Eles não frequentam as aulas.

Ganham discussão no grito. Se montam um debate, todos os presentes concordam entre si. Se vc ousar sugerir ou pensar algo diferente, tá frito amigo.

Querem dar aula de história sobre o Facismo. Daí quando vc fala que o Facismo surgiu com a esquerda eles gritam, esbravejam, mas nada de argumento.

Eles têm um desejo de ser diferente. 3 meses depois que um aluno entra na faculdade, ele já se veste, fala e se comporta igual aos outros. Cópias que repetem o mesmo discurso.

Falam que sofrem repressão. Daí quando vc vai analisar o caso, na verdade ele transgrediu uma regra civil, foi punido e acha que ainda sofreu abuso.

Isso que vi são em apenas 6 meses de universidade.

Precisamos, urgentemente, fazer com essa repressão e doutrinação acabe. Ou vai continuar sendo uma máquina de zumbis repetidores de jargões e que funcionam a base de maconha.

Não posso assinar. Queria poder dizer isso abertamente, mas vivemos numa ditadura de pensamento esquerdista.

Socorro!

terça-feira, 18 de outubro de 2016

EM QUE ANO VOCÊ VIVE?



   A pergunta que deveríamos fazer a uma pessoa, quando nos referimos a sua idade, não deve ser: quantos anos você tem? E nem: qual a sua idade? Na verdade, esta pergunta que todos fazem está errada!
   Sabem por quê? Analisem como é feita a contagem dos séculos. Por exemplo, estamos no ano de 2016, portanto, no século XXI, ou seja, vinte e um. Quando chegarmos (nossos descendentes) no ano 2100, terá início o século XXII (vinte e dois). Sim, isso porque o ano 2101 já inicia o século XXII.
   É tão interessante como Deus já nos presenteia de antemão com os anos de vida! Na verdade, não percebemos, mas cada dia de nossa vida vem de forma pré-ofertada. Sim, veja bem, um bebê, quando nasce, já está vivendo o seu primeiro ano. Sim, ele já está no seu primeiro ano, que termina quanto ele faz um ano completo e aí já inicia o seu segundo ano. Já pensou nessa realidade tão impactante? Recebemos de antemão a vida e deixamos para contar só quando temos mais um ano completo!
   Pensando assim, então, qual é a forma correta de perguntar a idade de uma pessoa? É simples! Olhe para o título deste texto: em que ano você vive? Assim, se você hoje tem vinte e um anos, na verdade, você já está vivendo no seu ano vinte e dois. Exatamente, sempre é um ano a mais. Se você tem trinta e cinco anos completos, já está vivendo o seu trigésimo sexto ano. Vejam só que forma diferente de ver a vida! Quando comemoramos aniversário, devemos olhar para trás e ver o quanto Deus foi generoso conosco e nos deu de forma prévia os anos que ora comemoramos de forma completa!
   Existe um texto que fala de um trem e das estações pelas quais passamos em nossa vida. E em cada estação, pessoas sobem e pessoas descem do trem. Nesse caso, eu agradeço a Deus por ter passado por cinquenta estações. E nessas estações, pessoas subiram e pessoas desceram. Muitos subiram e ainda estão comigo até hoje, e são os mais importantes! Quantos amigos subiram e fizeram minha vida mais feliz! E quantos trechos de viagem foram muito enriquecedores e puderam me acrescentar imensamente! E nesta viagem que vamos prosseguindo, devemos aprender ser a cada dia mais gratos, pois o Senhor do tempo é o único que pode nos poupar ou tirar a vida! Nenhuma folha cai de uma árvore se não for da permissão de Deus! A vontade permissiva de Deus simplesmente segura o Universo no pleno equilíbrio em que ele se encontra!
   Hoje é um dia feliz! Hoje completo o meu ano de número cinquenta! Graças a Deus! Muito obrigado, Senhor, por tanta graça! Por tanta misericórdia! Por tanta longanimidade! E se o Senhor me permitir, a partir de amanhã, se alguém me perguntar: em que ano você vive? Eu responderei, muito feliz: eu vivo no meu ano cinquenta e um, graças a Deus!

Um abraço a todos!

Helvécio

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

O SER HUMANO SEMPRE ESCREVEU


As primeiras expressões gráficas de que se tem ideia são as chamadas pinturas rupestres. São aqueles desenhos feitos com sangue ou tinturas de árvores, encontrados nas cavernas ou em sítios arqueológicos que, conforme os arqueólogos, representavam a realidade dos povos que viviam naquela época. Eram desenhos de animais, de pessoas, de homens caçando, de crianças, dentre outros.

Naquela época, o ser humano não havia desenvolvido uma linguagem escrita formal para poder se comunicar, então, as pinturas rupestres representavam a máxima expressão que eles poderiam utilizar para deixar algum registro que viesse a ser encontrado (ou lido de alguma forma) pelas gerações futuras. Apesar de eles não saberem registrar isso em um alfabeto ou símbolos similares, eles pensavam em alguma forma de comunicação. E o que eles desejavam, aconteceu, pois os estudiosos consideram que esta representação da comunicação dos povos antigos é uma forma de escrita, pela descrição da forma de vida que se tinha naquela época. Alguns desenhos parecem representar os animais predadores que havia no local, outros mostram as plantações que se fazia na época. Ou seja, podemos considerar que estes desenhos contam a história daquele povo, ainda que de uma forma bem singela.

Vamos partir deste ponto remoto da comunicação e pular para outro extremo, que seria a realidade dos meios de comunicação atuais. Ainda hoje, com a quantidade de recursos tecnológicos, formais, idiomáticos, verbais e não verbais, linguagem de sinais, dentre tantos outros, ainda assim, é possível encontrar muitas pessoas que dizem não gostar ou ter dificuldade de escrever. Ou seja, comparemos a diferença abissal que existe entre os dias hodiernos e o tempo das cavernas. Naquelas eras, já havia alguém que usava tinta e desenho para se comunicar. Hoje não é diferente, pois neste momento estou utilizando alguns recursos de comunicação para lhes transmitir algumas informações.

E o que estes dois extremos têm em comum? Bem, posso observar pelo menos um ponto convergente: atualmente, nem todos gostam, se esforçam ou têm facilidade para escrever; naquele tempo, provavelmente, havia pessoas que se destacavam em fazer as pinturas. Inclusive, "análises mais recentes de desenhos em paredes de cavernas na França e Espanha indicam que a maioria das pinturas foi feita por mulheres." (Revista Galileu) Ou seja, sempre há habilidades diferentes que são adquiridas por pessoas diferentes.

E eu fiz toda essa narrativa para fazer aqui uma singela homenagem ao dia mundial do escritor, este trabalhador das letras, esse artesão das palavras, este escultor das ideias, este construtor das paredes literárias. O escritor é aquele que parte de uma folha ou tela em branco e inicia uma obra de arte, tal qual um artista que tem em mente a sua obra e começa a representá-la de alguma forma. Comparo um escritor a um chefe de cozinha, que conhece a exigência de seu cliente e sabe exatamente qual tempero irá usar ao preparar o prato a ser servido. O texto produzido tem por objetivo causar no leitor o mesmo efeito que um prato no cliente: satisfação de uma necessidade.

As pessoas têm necessidade de informação! Porém, não informação pobre de recursos, pobre de conteúdos, pobre de qualidades. As pessoas precisam ser bem informadas, para que possam formar suas opiniões. E, muitas vezes, o que ocorre é que as opiniões acabam sendo deformadas, pois as pessoas são mal informadas.

Um texto bem escrito, com um objetivo original, com ideias espontâneas e desinteressadas, com argumentos verídicos, havendo concatenação de ideias, coesão de parágrafos, concordância verbal e nominal, figuras de linguagem e usando vários recursos linguísticos disponíveis, é totalmente comparado a uma deliciosa refeição na qual foram usados os ingredientes principais, e formas de preparo, além dos mais diversos temperos, cada um deles salientando o sabor ou a textura de determinado alimento, sendo parte muito importante no todo da refeição. O texto é assim, uma refeição de ideias concatenadas, que são absorvidas pela mente e coração do leitor. Tais ideias serão armazenadas e produzirão na pessoa mudanças a partir das reflexões que o texto produzir na alma do leitor. Esse deve ser o interesse principal do escritor: produzir reflexão, imaginação!

E é por isso que o ofício de escrever é algo parecido com isso:

- Primeiro, você diminui o ritmo.
- Segundo, você respira.
- Terceiro, você para.
- Quarto, você reflete.
- Quinto, você concatena as ideias.
- Sexto, você tira conclusões, ou não.
- Sétimo, você expõe o que inferiu.
- Oitavo, você chama o leitor a pensar junto.
- Nono, você instiga o pensamento crítico do leitor.
- Décimo, você sossega, descansa e assiste.
- Após um tempo, volta ao primeiro passo.

Essa rotina de escrita pode ser comparada à rotina do cozinheiro que, ao terminar uma refeição que foi muito bem saboreada pelo cliente, sabe que necessita partir exatamente do ponto inicial da cozinha: escolher novamente os ingredientes e os temperos, e observar com cuidado o modo de preparar a refeição. Disso tudo nascerá uma nova e deliciosa comida. Assim também é o trabalho do escritor: ele vai à caça das ideias, dos assuntos, e passa a refletir em como usará tais recursos para produzir um delicioso alimento para a alma do leitor: o texto!

Parabéns a todos os escritores! Sua missão é muito nobre! Que Deus abençoe a obra de suas mãos!

Helvécio

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

AUTOESTIMA


   Vamos iniciar uma nova reflexão, desta vez sobre a alma humana, o interior do homem, um tema que tem sido abordado de forma importante em vários fóruns. Muito se tem discutido sobre as emoções, os sentimentos, as condições da alma, a cura interior, as feridas não curadas e o que fazer sobre isso. Como alcançar e manter a felicidade? Como enfrentar a depressão? Estes temas são todos de importância fundamental a todos nós. Evidentemente, não é possível esgotá-los em poucos parágrafos. Porém, tentaremos iniciar uma reflexão de modo que possamos despertar no leitor o interesse de pensar sobre o assunto.
   Atualmente, as pessoas estão desenvolvendo cada vez menos tarefas braçais. Estão mais informadas, introspectivas, tendo mais tempo para parar e pensar (às vezes pensando até demais), amadurecendo cada vez mais cedo e isto as tem levado a se voltarem cada vez mais para si próprias.
   Dentro deste contexto, queremos trazer, para a discussão, a questão da autoestima. Aqui estão duas definições de autoestima, segundo dicionários: "Característica da pessoa que se valoriza, estando satisfeita com sua maneira de ser, com sua forma de pensar ou com sua aparência física, expressando confiança em suas ações e opiniões: o aumento da autoestima pode melhorar a qualidade de vida." Dicionário Online de Português; "Apreço ou valorização que uma pessoa confere a si própria, permitindo-lhe ter confiança nos próprios .atos e pensamentos." Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.
   Muito bem, explorando estas duas definições e aprofundando no assunto, vejamos: "característica da pessoa que se valoriza". Podemos ver que a autoestima está ligada a valores, a darmos importância a nós mesmos. "Estando satisfeita com sua maneira de ser". Esta afirmação pode parecer estranha pois, atualmente, pouquíssimas pessoas parecem estar satisfeitas com sua maneira de ser. Mas a autoestima é exatamente isso, estar satisfeito com seu jeito de ser, independente do que pensam ou falam de você. É importante salientar que várias pessoas têm tido variações enormes em sua autoestima devido a darem um valor extremo ao que os outros pensam ou falam delas. Isto tem trazido um desgaste imenso à vida e à qualidade de vida das pessoas.
   Podemos dizer que uma pessoa com boa autoestima é uma pessoa resolvida, ou seja, uma pessoa curada em seu interior. Continuando: "satisfeita... com sua forma de pensar ou com sua aparência física." Esta afirmação pode ser relativa, pois existem pessoas muito satisfeitas com sua aparência física e que, no entanto, são extremamente tristes. O que a sociedade prega tanto, que é a exacerbada valorização do corpo, nada tem a ver, em sua essência, com a autoestima. Evidentemente, cuidar da saúde, ter um corpo bonito, são coisas importantes e que devem ser valorizadas. Porém, elas são fatores temporais, efêmeros, que tem um tempo de vida muito curto. Quando menos se espera, esta fase de correr atrás da beleza já passou e nem se percebeu, enquanto valores muito mais fortes e perenes irão nos acompanhar durante toda a vida.
   Ainda decifrando as definições: "confiança nos próprios atos e pensamentos." Como esta afirmação transcende o tempo, é atemporal ! Ela vale para qualquer período ou era. Como precisamos ter confiança em nossos próprios atos e pensamentos! Uma pessoa que não confia no que faz já está começando a ação de forma equivocada. Com toda certeza, a confiança em seus atos é um prerrequisito para o sucesso ou para continuar lutando por ele. E esta confiança poderá estar relacionada a vários itens: conhecimento do que se faz, segurança e determinação de que se irá lutar bravamente caso necessário, até que se alcance o resultado esperado, superação de obstáculos. Ou seja, isto passa pelo conceito de resiliência, que já foi abordado em outra reflexão nossa e é algo extremamente importante para se alcançar uma elevada autoestima.
   Entrando ainda mais no tema, existe uma frase, que diz: "Não é o sucesso que traz o entusiasmo, é o entusiasmo que traz o sucesso.(Luis Marins)" Podemos analisar esta frase por duas óticas diferentes. A primeira é concordando plenamente e afirmando que o sucesso não trará um entusiasmo à vida, o que discordamos. Cremos que o correto seria dizer que isto compõe um ciclo. Obviamente, o entusiasmo seria o início do ciclo, pois nenhum sucesso é a origem de algo e sim a conclusão ou a consequência de algum trabalho ou esforço. Portanto, o ciclo se inicia no entusiasmo e termina no sucesso, de onde parte, outra vez, para influenciar um bom entusiasmo.
   Porém, ninguém vive entusiasmado vinte e quatro horas por dia. Nossa vida não é uma linha reta, onde não há oscilações. Todos os dias enfrentamos adversidades, somos criticados, obstruídos, analisados, julgados e outras atitudes mais. Por outro lado, ninguém está afirmando aqui que nossa autoestima será elevada os trezentos e sessenta e cinco dias do ano. Evidentemente, haverá dias em que estaremos mais desanimados. Mas precisamos definir, em nossas vidas, definitivamente, que isto é uma exceção, e não uma regra. O problema é que muitas pessoas não souberam se avaliar corretamente, ou se dão pouco valor, ou avaliam de forma incorreta a sua vida e acabam se metendo em situações que só trarão prejuízo e derrotas para elas. Neste caso, a autoestima baixa acabará sendo uma regra, e não uma exceção. Ou seja, o entusiasmo tem que ocorrer em nós de forma natural, tornando-se uma consequência de nossas atitudes resilientes e determinadas.
   Para não prolongar muito o texto, meus caros, precisamos aprender uma coisa: estar bem conosco mesmos tem que depender exclusivamente de nós mesmos. Não pode ser algo que dependa das circunstâncias, nem do dia da semana, nem do saldo em nossa conta bancária, nem da quantidade de amigos que temos, nem da aprovação que temos da sociedade. É algo que tem que partir única e exclusivamente de nós mesmos, de uma decisão própria. E é isso que é a autoestima: a estima própria, ou seja, quanto eu estimo a mim mesmo? Eu tenho muita estima por mim? Evidentemente que isso está longe do complexo de narciso, que é o outro extremo da questão, que seria a supervalorização de si próprio. Porém, isto não é tema para agora. Quem sabe, para outra ocasião? Enfim, o que desejo a todos nós, é que possamos aprender a ter atitudes positivas, determinadas, resilientes, que alcancem uma vida entusiástica, o que, certamente, nos fará galgar os degraus que levam ao sucesso! 
   Meus amigos, desejo uma autoestima elevada a todos! Um abraço!

Helvécio

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

A CHAVE E A FECHADURA



   Era uma vez uma chave e uma fechadura que sempre conviviam em harmonia. Sempre que a porta estava fechada, a fechadura pedia à chave que a abrisse para tomar um pouco de sol. A chave então girava e destrancava a fechadura, abrindo a porta, que se escancarava toda e deixava a luz do Sol entrar. A chave, então, ficava muito feliz em poder ajudar a sua amiga fechadura.
   Isso continuou acontecendo por muitos anos, e as duas continuavam sendo muito amigas e vivendo em plena harmonia. Porém, um belo dia, a fechadura acordou e disse à sua amiga chave: não quero mais conviver com você. Quero ter harmonia com outra fechadura, pois ela é feita do mesmo material que eu, ela tem as mesmas necessidades que eu, então ela me entende muito melhor que você.
   E a chave ficou muito triste e foi embora. Até que, num belo dia, ela encontrou-se com outra chave que estava passando pelo mesmo problema. Ela, então, desabafou com a outra chave e elas decidiram conviver juntas a partir daquele momento.
   Enquanto isso, as duas fechaduras passaram a conviver entre si, tentando se entender bem a cada dia. Apesar de as duas portas viverem sempre fechadas e nunca poderem ver a luz do sol, as fechaduras elas permaneceram vivendo juntas e tentando se entender. Às vezes elas sentiam necessidade de se abrir para tomar um ar puro, sentirem-se livres, mas como elas não tinham as chaves, não havia como serem abertas. Viviam infelizes, mas não abriam mão de conviver entre si.
   Enquanto isso, as duas chaves continuavam sendo amigas e convivendo diariamente entre si, tentando se entender e descobrir um meio de serem felizes sem ter que conviver com fechaduras. Mas a frustração de não serem úteis, não tendo nenhuma fechadura para abrir e não poder trazer a luz do Sol abrindo as portas as deixavam extremamente tristes.
   Até que, num belo dia, um sábio que passava pelo local, viu as duas chaves deitadas e tristes, próximas a uma árvore. Elas estavam até enferrujadas de tanto tempo que não eram utilizadas. O sábio, então, perguntou a elas: senhoras chaves, o que vocês estão fazendo juntas aí no chão? Cada uma de vocês deveria estar dentro de uma fechadura, cumprindo a missão para a qual vocês foram criadas. Quando cada uma de vocês foi forjada, havia uma fechadura que combinava perfeitamente com cada uma de vocês. Desta forma, vocês seriam úteis para sempre. As chaves, então, contaram a história para o sábio, que ouviu atentamente.
   Após entender a história, o sábio foi até as duas portas onde estavam as duas fechaduras que conviviam entre si. Ele chegou até elas e fez apenas uma pergunta: senhoras fechaduras, o que vocês mais teriam necessidade, neste momento? Ambas as fechaduras responderam: ah, senhor sábio, o que mais queríamos, neste momento, é de chaves que pudessem nos abrir e nos fazer sentir a brisa suave e a luz do sol, que nos traria energia e vontade de viver. O sábio, então, disse a elas: pois eu tenho a solução para vocês. Eu conversei com as duas chaves que eram companheiras de cada uma de vocês. Elas desejam muito voltar a ser par de cada uma de vocês, basta vocês aceitarem.
   Então, as duas fechaduras conversaram com as duas portas e decidiram ser humildes e reconhecerem que estavam enganadas. Elas pediram ao sábio que trouxesse as duas chaves para que as duas fechaduras pudessem se unir novamente às suas companheiras. E assim foi feito, cada chave voltou para o local de sua respectiva fechadura e logo abriram as duas portas e receberam a plena luz do sol, que brilhou fortemente naquele dia, trazendo a alegria para as chaves e para as fechaduras.
   Desta forma, o sábio sentiu-se muito feliz em poder ajudar as chaves e as fechaduras, que estavam equivocadas em suas vidas. A partir daquele dia, a paz e a felicidade reinou naquela casa. Cada chave e cada fechadura entendeu que era necessário conviver com seu par, que era diferente, mas que a completava. A chave não podia viver sem a fechadura. E a fechadura não podia viver sem a chave. Desta forma, a porta ficava completa e plena, cada um cumprindo sua missão.
   Então, o sábio continuou seu caminho, andando à procura de chaves e fechaduras que poderiam estar infelizes. Moral da história: seja você chave ou fechadura, cumpra sua missão, entendendo que conviver com as diferenças pode ser muito mais do que importante para você. Pode ser vital !!!


Helvécio

quarta-feira, 11 de maio de 2016

PRESSA ou RAPIDEZ?



   Podemos dizer que fazer as coisas com pressa é diferente de fazê-las com rapidez. Fazer com pressa é fazer ansiosamente, sem muito controle, sem pensar na qualidade do que se está fazendo, apenas querendo terminar logo o que se começou.
   Agora, fazer rapidamente é fazer de forma controlada, com a mesma qualidade e atenção que se teria ao fazer de forma mais lenta, só que numa velocidade maior. Os processos industriais, por exemplo, envolvem tarefas feitas rapidamente, alguns mecanizados ou até robotizados.
   Fazer com rapidez é fazer tão rápido quanto possível, desperdiçando o mínimo de tempo, com segurança e controle.
   Fazer com pressa é fazer numa velocidade grande, que não foi medida, acreditando-se que poderá terminar muito rápido, porém, sem controle.
   A origem da rapidez é, geralmente, uma necessidade de aumentar a velocidade de um processo que já se executa com muita segurança há bastante tempo.
   A origem da pressa é, geralmente, um total descontrole do tempo e do processo, às vezes fazendo as coisas na última hora, às vezes fazendo mais do que a própria capacidade.
   Devemos melhorar as coisas que fazemos para fazermos com rapidez.
   Porém, devemos ter um total controle do que fazemos, para evitarmos de ter que fazer coisas com pressa!

Um processo pode ser rápido e demorado, ou seja, rápido e sem pressa.

Um abraço com rapidez e sem pressa!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

A BELEZA É COMO A FLOR DO CAMPO



   Nosso mundo vive, há décadas, um paradigma que vem consumindo muitos recursos dos seres humanos. As mudanças no comportamento humano apontam cada vez mais para valores descartáveis tomando lugares importantes na mesa das pessoas. Valores sempre tidos como lealdade, presteza, educação, confiança, respeito, dentre outros, não estão mais tão em voga quanto há pouco tempo atrás. Em muitos casos, a esperteza toma o lugar da lealdade. A aparência vêm antes da sinceridade. A eloquência aparece bem antes da verdade. Realmente, a sociedade está sofrendo transformações profundas em seu seio.
   Uma destas transformações chama-se "a cultura da beleza". Com os adventos da indústria cosmética, do avanço da cirurgia plástica, da alimentação saudável, da prática de exercícios físicos, do desenvolvimento de substâncias que tentam reverter o processo de envelhecimento, dentre outros, as pessoas buscam ansiosamente pela beleza como nunca antes na história humana.
   A beleza é procurada quando uma mulher vai se aproximando dos quarenta anos e os "pés de galinha" começam a aparecer; quando as rugas começam a incomodar; quando os seios começam a cair; quando os glúteos ficam flácidos; quando o tônus muscular já não é mais o mesmo; quando a expressão facial mostra que ela já não é mais uma jovem de vinte anos. Neste momento, então, é hora de procurar um cirurgião plástico; de buscar os sucos "detox"; de encontrar cremes e derivados cosméticos que tragam de volta o colágeno ao rosto; de praticar exercícios que melhorem a qualidade dos músculos.
   Até mesmo os homens, que antes não se preocupavam com beleza, estão se tornando, cada vez mais cedo, vaidosos. Já existem homens que cada vez mais vão ao salão de beleza, investem em substâncias que retardem o envelhecimento, procuram aplicar a técnica do "botox" para diminuir as rugas, enfim, estão indo cada vez mais em especialistas que lhes forneçam beleza, aparência, uma "cara" mais bonita.
   Isso sem falar dos artistas famosos que, ao longo de sua vida, acumulam dezenas de cirurgias plásticas para esticar a pele, mudar o formato do nariz, retirar a "papada" do pescoço, enfim, diminuir as feições de um idoso que chegam naturalmente conforme os anos vão se passando.
   A cultura da beleza está tirando a paz das pessoas. Está consumindo os anos felizes que as pessoas podem viver quando se dão conta que o tempo não volta. A busca impetuosa pela beleza está tomando um lugar que não foi planejado para ela. A função original de um rosto belo em uma jovem é o de ser formosa para atrair um homem com o qual ela possa viver o resto dos anos de sua vida. A função de um rosto belo não é ser belo por toda a vida. Até porque isso é humanamente impossível. A beleza não é um fim, mas sim um meio. A função da beleza é atrair os olhares para algo que é mais profundo do que ela em si, como os valores internos que são imutáveis, como o respeito. Este, sim, não muda com o tempo, mas pode ser tão duradouro quanto os anos em que for praticado. Ele não envelhece, não cria rugas. Pelo contrário, pode ser cada vez mais melhorado, à medida em que for mais praticado. 
   A Bíblia cita a beleza poucas vezes. Vejamos algumas delas: a)"Mas os ímpios perecerão, e os inimigos do Senhor serão como a beleza das pastagens; desaparecerão, em fumaça se desfarão." Salmos 37:20. Este trecho está dizendo que a beleza das pastagens desaparece em uma fumaça. b)"A glória dos jovens é a sua força; e a beleza dos velhos são as cãs." Provérbios 20:29. Este outro trecho diz que a beleza dos velhos são as cãs (cabelos brancos), ou seja, está dizendo que os cabelos brancos, que são um sinal de experiência, podem se traduzir em beleza. c)"Uma voz diz: Clama. Respondi eu: Que hei de clamar? Toda a carne é erva, e toda a sua beleza como a flor do campo. Seca-se a erva, e murcha a flor, soprando nelas o hálito do Senhor. Na verdade o povo é erva." Isaías 40:6,7. Este outro trecho reforça ainda mais o fato de que a beleza é passageira. A beleza é como a flor do campo, que hoje está linda e viçosa, e amanhã já não existe mais. Refletindo nestas três passagens bíblicas, podemos compreender que Deus não dá à beleza um sentido diferente do qual aquele para o qual ela foi projetada. Ele diz que a beleza é passageira, que ela é como a flor do campo. Sempre que vamos ao campo, vemos flores belas. Mas a flor que vemos hoje, não é aquela que vimos há poucos dias. Aquela já não existe mais. A de hoje nasceu há pouco tempo. A beleza é como a flor do campo.
   Meus amigos, nossa vida é, sim, muito curta, muito rápida. Os anos chegam. E com eles, chegam, também, as rugas, a flacidez. Os sinais de experiência no rosto de uma pessoa podem não parecer belos ao olhar. As dobras de um pescoço ou de uma nuca podem não ser plasticamente bonitos. Os raros músculos vigorosos já podem não existir. Os cabelos já podem estar em neve. Mas isto não é, definitivamente, o fundamental em nossa vida. Não devemos consumir nossa paz preocupados pelo fato de que a beleza está indo, ou já se foi. Isto não é o essencial em nossa existência. Não, não é. Como diz a fala da raposa com o principezinho, no livro o pequeno príncipe: "O essencial é invisível aos olhos. Só se vê bem com o coração." A beleza não é essencial, pois ela se vê com os olhos, não com o coração. Quanto mais os homens continuarem a buscar a beleza de forma desenfreada, mais ela correrá a passos largos à frente deles. Quanto mais se buscar a fonte da juventude, mais longe ela estará. Simplesmente, porque as coisas não foram feitas assim. Elas foram feitas da forma que são, e é isso que precisamos entender. A vida eterna que se deve buscar não é esta que vivemos. É outra muito mais perfeita, duradoura, plena, vigorosa e cheia de eternidade. Esta vida que aqui vivemos é apenas passageira. São apenas alguns momentos. E quanto mais cedo entendermos isso, mais rápido a paz chegará ao nosso coração. E é isso o que mais precisamos, que a paz chegue ao nosso coração e ali permaneça.
   Caros leitores, não se acende uma luz para deixá-la debaixo de uma cama, diz o evangelho de Cristo. Também, não se busca algo que se sabe que não vai ser encontrado. Portanto, buscar algo em vão é desperdiçar recursos. E são estes recursos que foram citados no início deste texto. O tempo, o dinheiro, o esforço têm sido consumidos em busca da vã beleza. Não se pode querer que um idoso tenha a pele de um bebê. A pele do bebê acabou de sair do útero, onde ficou apenas nove meses. A pele de um idoso já "viu" inúmeros acontecimentos. Alguns idosos são transseculares, ou seja, já atravessaram de um século para o outro. Como querer que esta pele tenha a mesma consistência que a pele de um bebê? Não, não é possível, pois a pele de um idoso carrega o aprendizado que os anos trouxeram. Carrega os "tapas" que a vida lhe deu. Carrega a experiência que um bebê sequer imagina existir.
   Portanto, meus caros, não é tempo de nos desgastarmos com aquilo que não devemos. Não é possível que um relógio traga de volta o segundo anterior a este que você está vivendo. O dia de ontem não voltará. O ano passado já se foi, é passado. A beleza que devemos buscar não é a externa, esta que fica estampada no rosto, no corpo. A beleza que devemos realmente entender e buscar é aquela que se vê com o coração, e não com os olhos. Não há nada mais belo do que a verdade, a sinceridade, o respeito. Isto sim, traz paz aos nossos corações. Um sentimento de reciprocidade a alguém que o merece, isso devemos buscar. Relacionamentos carregados de lealdade, de sinceridade, de transparência. Estes, sim, trarão a tão sonhada paz que nossa alma carece.
   E é exatamente isso o que mais posso desejar a todos, que possamos encontrar o verdadeiro sentido de nossa vida, que não é buscar a beleza, pois ela se vai. É sim, buscar os verdadeiros valores perenes, duradouros, aqueles que nem o mais devastador tempo pode desgastar. Estes são os que duram para sempre. Que possamos compreender esta verdade o quanto antes! Um abraço.

Helvécio