Global é uma palavra proprietária. Cada um de nós, seres humanos, somos donos dela. Ela não deveria ser dada, vendida, oferecida ou cedida a quem quer que fosse, a menos que fosse um ser humano.
Antes de tudo, somos terráqueos. A Terra é o nosso planeta. Ele é nosso. Ele não pertence aos países. Ele pertence a nós. Somos nós que fazemos ele existir. Uma empresa não é uma pessoa, com os mesmos direitos e capacidades. Uma nação só existe por causa dos nacionais, que são as pessoas que nascem nela.
A Terra é o Globo. Esse imenso planeta redondo em que vivemos. Tudo é mágico na Terra. Mas pode ser trágico, também. O incrível é que o nosso planeta é como se fosse um imenso barco. E estamos todos nele.
Já somos quase sete bilhões de seres humanos. Pense no que é isso! Sete bilhões. Vamos analisar quantos zeros existem nesse número. 7.000.000.000. É muita coisa! Sete bilhões de pessoas respirando. Sete bihões de bocas para serem alimentadas. Sete bilhões de camas necessárias.
Mas, será quantas dessas bocas estão sendo alimentadas corretamente? Será quantas dessas pessoas têm uma vida digna? Será quantas delas podem dar um sorriso, pelo menos um sorriso espontâneo por dia? Desse total, sessenta por cento estão na Ásia. Ou seja, Quatro bilhões e duzentos milhões de pessoas vivem no continente com enorme desigualdade social. Dá pra entender o que é isso?
A concentração de renda ainda é um dos maiores problemas da humanidade. Considera-se justo deter um poder econômico e político pelo fato de ter-se conseguido chegar a esse ponto com a força de suas próprias mãos e mente. Isso tem uma lógica totalmente aceitável. O que seria mais justo do que abrigar suas conquistas ao longo da vida?
Porém, o que não é justo é não dividir, pelo menos um pouco do muito que se obteve com os menos favorecidos. Na verdade, qual deveria ser o verdadeiro sentido de se conseguir uma boa fortuna? Apenas idolatrá-la, vendo os extratos das diversas contas e aplicações financeiras, e tendo seu ego massageado várias vezes por dia? Ou gastar os muitos dólares em viagens, iates, terras, bens, esbanjando e mostrando sua pompa para a mídia?
Para aqueles que não tiveram as mesmas oportunidades que a maioria teve, deveria existir um socorro dos irmãos mais favorecidos. Isso seria o mínimo que eles necessitam. Ninguém ficaria menos rico se ajudasse a população mais carente. Criar instituições que apoiam e ajudam as populações mais pobres é algo muito nobre. Mas, essas pessoas precisariam, mesmo, é serem ajudadas em curto e médio prazo.
Porém, há muitas questões envolvidas. Não é tão simples analisar essa questão de forma simplista. Uma população pode ser ajudada durante toda uma geração. Porém, se a realidade do seu país, da sua região e dessa própria população não for modificada, as próximas gerações serão prejudicadas da mesma forma.
A distribuição de renda está ligada a muitas questões sociais e políticas. Envolve domínio de poder. Está relacionada a ditaduras de décadas que existiram e ainda existem em torno da terra. O fato é que algo precisa ser feito para mudar essa realidade. Caso contrário, daqui a poucos anos, essa imensa massa de pessoas não terá um futuro promissor.
Será que nossos netos poderão brincar livremente nas ruas? Será que as escolas terão um ambiente sadio para ensinar as crianças? Será que poderão assistir às notícias da mesma forma como fazemos hoje? Será que os aposentados poderão jogar dama, xadrez e dominó das praças de suas ruas? Ou será que ficarão cada vez mais reclusos, escondidos e protegidos de uma realidade que não tem mais volta?
Está lançada a questão. Cabe a quem tiver interesse no futuro e nas próximas gerações, discuti-la. Afinal, somos quase 7 bilhões!
Helvécio
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