Quando as pessoas jovens pensam em amor, uma confusão muito forte acontece em suas mentes. Logo elas pensam nos sentimentos pulsantes, quentes e que fazem seus corações baterem mais forte. Para quem ainda não viveu e não conviveu com outra pessoa durante muitos anos, amor pode ser interpretado como aquela sensação instantânea, automática que nosso corpo produz e sente ao estar próximo daquela pessoa ou em qualquer tipo de contato que se faça com ela, seja físico ou remoto.
A forma como nossa vida se desenvolve é um mistério em muitas questões. Por exemplo: quando somos jovens temos energia, disposição, mas não temos maturidade para tomar as decisões corretas. É por isso que muitos jovens quebram a cabeça pelas decisões erradas que tomam e depois vão se arrepender. Decisões erradas podem comprometer boa parte da vida de uma pessoa, e isso acontece, geralmente, na idade mais jovem.
Porém, as pessoas mais vividas, embora tenham, muitas delas, a maturidade adquirida com o tempo e com as experiências, desejariam ter a vitalidade que tinham nos seus vinte anos. Com a mente sadia, sem desejar coisas desnecessárias, um corpo forte e dinâmico é quase tudo que uma pessoa mais vivida desejaria. Porém, isso não é possível. Parece um contrasenso, algo que realmente seria o ideal. Porém, o que os pais podem fazer, neste caso, é transmitir o conhecimento, a experiência e a sabedoria que têm para seus filhos. E grande parte deles tenta fazer isso através das conversar e dos conselhos.
Muitos filhos detestam os conselhos que seus pais lhes dão. Pensam que eles são antiquados, chatos e só querem tirar o prazer que os filhos podem ter na vida. Só que esse é o lado errado de se enxergar. Os filhos são mais flexíveis que os pais, pois estão jovens. Portanto, estes devem se esforçar muito para, sempre que ouvirem um conselho de seus pais, pensarem qual o motivo de eles estarem dizendo isso com tanta veemência! Filhos, pensem, reflitam muito: resumam em uma palavra esse cuidado que seus pais têm com vocês. Se conseguirem refletir com toda a sinceridade, a palavra que encontrarão será: AMOR, o verdadeiro e genuíno AMOR!
É por isso que um famoso escritor, Affonso Rommano de Sant´ana escreveu "Aprendemos a ser filhos quando nos tornamos pais. Só aprendemos a ser pais quando nos tornamos avós". Sim, isso é verdade. Porém, a compreensão do porquê nossos pais tentam nos amar da forma como fazem é que deve ser feita por quem é filho. Os pais, em sua maioria, sempre vão desejar tudo que é melhor para seus filhos. E os anos de vida lhes ensinaram o que realmente é melhor. Não é aquilo que aparece primeiro, à vista, mas sim aquilo que permanece, que é permanente, algo pelo qual vale a pena lutar. Esse é o verdadeiro AMOR que precisamos permitir que nossos pais expressem por nós.
Helvecio Braga
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