É interessante observar a maneira como os sentimentos e emoções são construídos ou surgem dentro de nossa alma. A questão do medo é algo muito interessante de se analisar. É incrível como há diferenças gritantes nessa questão de pessoa pra pessoa.
Vamos exemplificar. Em uma mesma cidade, crianças vizinhas podem ter medos muito diferentes. Uma criança que cresce numa casa onde há vários cães e convive com eles terá a tendência a não desenvolver medo de cachorros. Em uma outra casa próxima, onde os pais têm esse medo, haverá a tendência de que ele seja transmitido fortemente para os filhos, como que por uma osmose. E então, quando essas crianças vizinhas forem brincar juntas e virem um cão, haverá esse choque por causa da diferença. Simplesmente, no coração das crianças que não sofrem desse mal, não há registros que apontem para a necessidade de se assustar quando vêem um cachorro. Logo, elas ficarão tranquilas, inertes. Porém, no coração das outras, já está gravada a informação de que "cachorro é perigoso". É como um gatilho que é disparado quando se recebe a informação de que um cão está por perto. Com certeza, elas reagirão de forma rápida, dizendo algo ou até se escondendo ou fugindo do animal.
Existem inúmeros tipos de medo. A maioria deles atrapalha o bom desenvolvimento de nossas vidas. Pense em um medo que é forte em você. Basta ler isso. Você nem começou a pensar direito e seu cérebro já terá enviado um estímulo nervoso a alguma parte do seu corpo, a qual irá fazer algo para lhe proteger contra a origem desse medo.
Existem alguns estudos de Sigmund Freud que mostram que algumas práticas humanas e até animais são desenvolvidas através de condicionamentos. Experiências de salivação foram feitas com cães. Um apito é soprado e um recipiente com ração é colocado à frente do cão e ele logo começa a salivar. Após algumas repetições, basta soar o apito que o cão irá salivar. Isso é um comportamento desenvolvido após um período de condicionamento. Acredito que boa parte dos medos que desenvolvemos foi implantada em nós dessa forma. Um evento dispara uma reação que cumula em um medo. Depois de um tempo, basta ocorrer o evento inicial que já reagiremos com medo. Depois de adultos, os medos que não vencemos são disparados no momento em que nos deparamos com o fator que dispara o gatilho daquele medo específico. Uma pessoa que tem medo de ratos não precisa estar necessariamente diante de um espécime desses para exibir uma reação de medo. Basta citar o nome do animal que a reação será imediata.
O medo sempre atrapalhou o ser humano em muitas situações. Há uma certa dose de medo que é benéfica para o ser humano e nos ajuda a sermos prudentes em muitas questões. Mas, excetuando-se isso, a grande maioria dos medos nos atrapalha e muito. Há determinadas situações nas quais o medo nos paralisa, nos congela e nos deixa totalmente imóveis. E algo que é intrigante e difícil de se lidar é que somos atingidos mais profundamente do que apenas no nível da razão. O medo atinge nossas emoções e sentimentos, níveis mais profundos de nossa alma. A prova disso é que, pessoas adultas, mesmo já conscientes de que determinados medos não têm razão de ser, ainda o enfrentam e sentem enorme dificuldade de bani-lo de si mesmas. É algo que nos foi implantado quando na mais tenra idade. E ficou dentro de nós como que cravado por uma flecha.
Devemos encarar esses fatos e analisar-mo-nos interiormente e fazer uma retrospectiva. Verificar quando, como e onde ocorreu o fato gerador daquele medo. A partir disso, buscar ajuda para entendermos a razão pela qual esse medo foi instalado e buscar os métodos corretos para tentar eliminá-lo ou minimizar ou anular os efeitos que ele tenta causar em nós. Sucesso a todos nós para descobrirmos como lidar com essa questão. Abraço.
Helvécio
Vamos exemplificar. Em uma mesma cidade, crianças vizinhas podem ter medos muito diferentes. Uma criança que cresce numa casa onde há vários cães e convive com eles terá a tendência a não desenvolver medo de cachorros. Em uma outra casa próxima, onde os pais têm esse medo, haverá a tendência de que ele seja transmitido fortemente para os filhos, como que por uma osmose. E então, quando essas crianças vizinhas forem brincar juntas e virem um cão, haverá esse choque por causa da diferença. Simplesmente, no coração das crianças que não sofrem desse mal, não há registros que apontem para a necessidade de se assustar quando vêem um cachorro. Logo, elas ficarão tranquilas, inertes. Porém, no coração das outras, já está gravada a informação de que "cachorro é perigoso". É como um gatilho que é disparado quando se recebe a informação de que um cão está por perto. Com certeza, elas reagirão de forma rápida, dizendo algo ou até se escondendo ou fugindo do animal.
Existem inúmeros tipos de medo. A maioria deles atrapalha o bom desenvolvimento de nossas vidas. Pense em um medo que é forte em você. Basta ler isso. Você nem começou a pensar direito e seu cérebro já terá enviado um estímulo nervoso a alguma parte do seu corpo, a qual irá fazer algo para lhe proteger contra a origem desse medo.
Existem alguns estudos de Sigmund Freud que mostram que algumas práticas humanas e até animais são desenvolvidas através de condicionamentos. Experiências de salivação foram feitas com cães. Um apito é soprado e um recipiente com ração é colocado à frente do cão e ele logo começa a salivar. Após algumas repetições, basta soar o apito que o cão irá salivar. Isso é um comportamento desenvolvido após um período de condicionamento. Acredito que boa parte dos medos que desenvolvemos foi implantada em nós dessa forma. Um evento dispara uma reação que cumula em um medo. Depois de um tempo, basta ocorrer o evento inicial que já reagiremos com medo. Depois de adultos, os medos que não vencemos são disparados no momento em que nos deparamos com o fator que dispara o gatilho daquele medo específico. Uma pessoa que tem medo de ratos não precisa estar necessariamente diante de um espécime desses para exibir uma reação de medo. Basta citar o nome do animal que a reação será imediata.
O medo sempre atrapalhou o ser humano em muitas situações. Há uma certa dose de medo que é benéfica para o ser humano e nos ajuda a sermos prudentes em muitas questões. Mas, excetuando-se isso, a grande maioria dos medos nos atrapalha e muito. Há determinadas situações nas quais o medo nos paralisa, nos congela e nos deixa totalmente imóveis. E algo que é intrigante e difícil de se lidar é que somos atingidos mais profundamente do que apenas no nível da razão. O medo atinge nossas emoções e sentimentos, níveis mais profundos de nossa alma. A prova disso é que, pessoas adultas, mesmo já conscientes de que determinados medos não têm razão de ser, ainda o enfrentam e sentem enorme dificuldade de bani-lo de si mesmas. É algo que nos foi implantado quando na mais tenra idade. E ficou dentro de nós como que cravado por uma flecha.
Devemos encarar esses fatos e analisar-mo-nos interiormente e fazer uma retrospectiva. Verificar quando, como e onde ocorreu o fato gerador daquele medo. A partir disso, buscar ajuda para entendermos a razão pela qual esse medo foi instalado e buscar os métodos corretos para tentar eliminá-lo ou minimizar ou anular os efeitos que ele tenta causar em nós. Sucesso a todos nós para descobrirmos como lidar com essa questão. Abraço.
Helvécio
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