Toda balança tem um elemento importantíssimo: o fiel. Muitas pessoas não sabem como se pesavam os mantimentos adquiridos em mercearias ou pequenos mercados, há alguns anos. Em algumas cidades do interior ou em bairros mais afastados em algumas médias e grandes cidades, ainda é possível encontrá-las. As balanças mais antigas tinham dois lados, com duas bases, onde eram colocados dois pratos. E, sobre esses pratos, colocavam-se dois tipos diferentes de objetos. De um lado, colocavam-se os elementos a serem pesados. Do outro, colocavam-se os pesos propriamente ditos, em formato cilíndrico e com um gargalo na parte de cima. O fiel seria uma marca no meio da balança, que deveria ser alcançada por ambos os lados. Ao ser atingido o nível do fiel, era alcançado o equilíbrio e o peso poderia ser verificado. A soma dos pesos de um lado revelava quanto pesavam os objetos colocados no outro prato. Por exemplo, caso houvesse dois pesos de 3 kg e um peso de 1 kg, a mercadoria toda pesava 7 kg.
Essa atividade era executada inúmeras vezes por quem vendia as mercadorias. É interessante observar isso. A tecnologia existente hoje facilitou muito a vida das pessoas. Muitas atividades são feitas de forma semi-automática. Muitas coisas são simplesmente vistas pelas pessoas mais jovens na forma já pronta. O funcionamento, o mecanismo, a ideia por trás de alguma atividade, medida ou processo nem sempre é compreendido. Caso as pessoas não busquem aprender como os fatos foram ocorrendo historicamente, muitos significados e analogias são perdidas. E isso é um prejuízo considerável. Principalmente em se tratando de compreender o relacionamento interpessoal e compreender as diferentes gerações.
O Fiel da Balança. Com certeza, a maioria das pessoas já ouviu essa expressão. Porém, a explicação dela e de muitas outras nem sempre é compreendida. Porém, agora, todos já podem entender, pelo menos o que é ser o Fiel da Balança. No caso do uso atual da expressão, em geral ela revela que algo ou alguém é ou indica o ponto de equilíbrio entre quaisquer dois aspectos envolvidos na questão.
Essa afirmação vem nos revelar uma verdade prática muito interessante. Em todos os objetivos que temos na vida, devemos buscar o ponto de equilíbrio. Não nos moldarmos pelas extremidades é que nos permite, na maioria dos casos, tomar as decisões mais corretas. Os índices menores e maiores encontram-se, respectivamente, na parte mais baixa e mais alta das atividades em geral. Porém, o melhor ponto não é nem o mais baixo e nem o mais alto. É o intermediário. A margem de erro, estando no ponto de equilíbrio, nos permite acertar, mesmo errando um pouco.
Evidentemente, há atitudes ou atividades que exigem decisões pontuais, onde deve-se escolher zero ou um. Porém, na maioria dos casos, sempre há a possibilidade de se fazer uma ponderação e chegar ao fiel da balança. Ele vai apontar o melhor momento de agir, ou a melhor palavra a ser dita, ou que o silêncio deve ser mantido, ou a melhor atitude a ser tomada, ou a melhor pessoa a ser conquistada, ou a melhor carreira a ser escolhida, ou a melhor cidade para se morar, ou a melhor pessoa para se ter como amiga, ou qualquer outra decisão que seja necessária.
Onde está o fiel da balança? Nas antigas balanças, ele não era muito evidente. Ele era apenas um nível que mostrava o equilíbrio. Hoje, existem vários Fiéis de Balança. Eles podem ser atitudes, pensamentos, ponderações, compreensões, decisões ou qualquer outra coisa que se possa imaginar.
Mas, o bom mesmo, não é encontrar alguma coisa que seja o fiel da balança. O melhor é quando nós mesmos conseguimos ser este ponto de equilíbrio. Tente se imaginar praticando atitudes que provoquem nas pessoas dizerem a você: meu amigo, você me inspira, por ser essa pessoa tão equilibrada! Ahh, que lindo, isso!
Helvécio
Achei o texto FIEL DA BALANÇA muito interessante. Cheguei até a ele buscando no GOOGLE o significado de fiel da balança, expressão encontrada num texto da escritora ELEN WHITE, que muito admiro. Percebi então o conteúdo do texto. Parabéns ao Helvécio Braga!
ResponderExcluirObrigado por ler. Volte sempre!
ExcluirAdquirindo conhecimento por aqui!
ResponderExcluirQue bom Ludmila. É um prazer tê-la como leitora.
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