Falar de relacionamento entre pais e filhos é algo recorrente, porém, extremamente necessário. A nossa sociedade é formada por cidadãos que são exportados pelas famílias. E é dentro do seio familiar onde ocorrem os maiores laços em termos de relacionamento. Sejam eles positivos ou não. É de dentro das famílias que saem os gênios, os inventores e cientistas. E é de dentro delas, também, que saem muitas pessoas que afetam negativamente a sociedade.
Um dos maiores problemas entranhados nesse contexto é a questão da boa formação dos filhos como cidadãos equilibrados e que irão contribuir beneficamente para a sociedade como um todo. O que todo pai e mãe desejam ou deveriam desejar é que seu filho seja um profissional brilhante, um ótimo pai ou mãe de família, que exerça boas influências e que seja bem visto pela maioria das pessoas. Enfim, que seja uma pessoa de sucesso em todos os âmbitos.
A sociedade em geral, por outro lado, também espera e precisa receber esse tipo de cidadão. A quantidade de relacionamentos interpessoais que uma pessoa tem é enorme. É uma gigantesca teia de aranha envolvendo entradas e saídas em vários tempos e locais. Uma pessoa troca infinitas informações, conhecimentos e experiências a partir do momento em que sai para o mundo. Dentro de uma escola onde está estudando, dentro de uma empresa onde trabalha, na convivência nas ruas, nos estabelecimentos, nos ambientes de diversão etc.
Uma pessoa sofre influências inúmeras desde que deixa apenas a convivência do seio familiar e penetra nesse denso contexto. Muitas vezes, o conhecimento que ela teve dentro da familia é muito restrito. E, quando conhece novas pessoas, ela recebe uma carga enorme de novidades que fazem com que ela se torne vulnerável em termos de valores e estilo de vida. Esse fator faz com que a pessoa possa vir a ter sua vida desequilibrada em determinados aspectos, em geral nas áreas de auto-controle e emocionais.
Esperar que um cidadão tenha uma boa trajetória no decorrer de sua vida é algo normal. Porém, isso não deve ser tratado apenas no momento em que a pessoa esteja na iminência de se relacionar bastante com pessoas diferentes e em diferentes lugares. Mesmo nos primeiros anos de vida, os pais devem criar laços fortes entre si mesmos e seus filhos. Um diálogo descomplicado, sem barreiras, sem limites, sem imposições e que dê aos filhos a oportunidade de se expressarem com liberdade, irá permitir que eles se tornem pessoas que terão tudo para serem cidadãos de bem e pessoas equilibradas.
Há alguns fatores internos à família que prejudicam muito a formação das crianças e adolescentes. A forma de pensar inflexível e fechada de alguns pais não permite que eles vejam as realidades atuais. Isso faz com que sejam criadas barreiras entre si e seus filhos. Muitos pais são rígidos. Querem que seus filhos vivam a realidade que eles mesmos viveram. Isso é pensar de maneira extremamente limitada. É como querer tapar o sol com uma peneira. Isso não contribui em nada para o bom desenvolvimento daquele indivíduo. Outro fator importantíssimo é a questão do não acompanhamento de perto das emoções e pensamentos da criança e adolescente por parte dos pais. No final da infância e pré-adolescência a mente chega a fervilhar. São infinitas opções, pensamentos, novidades. Quando entra na adolescência, então, ela está prestes a se tornar um cidadão espontaneamente individualista, com pensamentos, atitudes e decisões próprias. Ninguém pode proibi-lo disso. O que ele precisa mesmo é ser orientado, acompanhado.
O diálogo entre pais e filhos é extremamente importante para criar e fortalecer os laços. Um adolescente que não tem espaço para se expressar dentro de casa, invariavelmente vai fazê-lo a uma pessoa externa a esse ambiente. E, muito provavelmente, essa pessoa não estará preparada para orientá-lo de forma correta. Só quem conhece bem a alma dos filhos são os pais. São eles quem mais desejam o bem aos seus rebentos. Então porque limitar as conversas? Por que ter assuntos proibidos? Por que não ser amigo dos filhos? O tempo de investir na aproximação é exatamente esse, onde eles ainda não têm as suas ocupações de adultos. É nesse tempo que eles mais precisam confiar plenamente nos seus pais. Os problemas sexuais e de relacionamentos são os que mais tiram o sossego dos filhos. Adolescentes que se sentem rejeitados pelos colegas. Outros são cheios de dúvidas quanto à sexualidade. E, caso os pais se omitam de se envolver com essas questões, o futuro dos filhos estará comprometido. Não há pessoas melhores que os pais para tratarem disso. É algo que precisa ser confrontado, discutido e trabalhado de forma cautelosa, porém direta.
Não é incorreto afirmar que os maiores problemas sociais vividos atualmente estão diretamente ligados às questões familiares. A violência, as drogas, a falta de estabilidade financeira, emocional e intelectual estão relacionadas com esse assunto. O que precisamos urgentemente é acordar para isso. Enquanto é tempo, que cada família cuide de si própria. E que cada um de nós, como pessoas integrantes da sociedade da qual fazemos parte, que tomemos posição ativa, e não passiva diante disso. Sejamos mais interessados. Menos individualistas. Mais preocupados com os problemas sociais. Afinal, tudo o que plantamos, iremos colher mais à frente. Se queremos um país, um mundo melhor, temos que agir hoje para ver acontecer amanhã. E nossas ações não precisam ser gigantescas. Precisamos, apenas, agir diariamente, cuidando de nosso território. E isso é simples. Desde que seja feito em tempo. Porque, se deixarmos ficar tarde demais, corremos o risco de alguém ter que dizer a nós: toma que o filho é seu. Que possamos trabalhar contra isso. E que Deus nos ajude e não permita que isso ocorra com nenhum de nós. É o nosso desejo sincero.
Helvécio
Um dos maiores problemas entranhados nesse contexto é a questão da boa formação dos filhos como cidadãos equilibrados e que irão contribuir beneficamente para a sociedade como um todo. O que todo pai e mãe desejam ou deveriam desejar é que seu filho seja um profissional brilhante, um ótimo pai ou mãe de família, que exerça boas influências e que seja bem visto pela maioria das pessoas. Enfim, que seja uma pessoa de sucesso em todos os âmbitos.
A sociedade em geral, por outro lado, também espera e precisa receber esse tipo de cidadão. A quantidade de relacionamentos interpessoais que uma pessoa tem é enorme. É uma gigantesca teia de aranha envolvendo entradas e saídas em vários tempos e locais. Uma pessoa troca infinitas informações, conhecimentos e experiências a partir do momento em que sai para o mundo. Dentro de uma escola onde está estudando, dentro de uma empresa onde trabalha, na convivência nas ruas, nos estabelecimentos, nos ambientes de diversão etc.
Uma pessoa sofre influências inúmeras desde que deixa apenas a convivência do seio familiar e penetra nesse denso contexto. Muitas vezes, o conhecimento que ela teve dentro da familia é muito restrito. E, quando conhece novas pessoas, ela recebe uma carga enorme de novidades que fazem com que ela se torne vulnerável em termos de valores e estilo de vida. Esse fator faz com que a pessoa possa vir a ter sua vida desequilibrada em determinados aspectos, em geral nas áreas de auto-controle e emocionais.
Esperar que um cidadão tenha uma boa trajetória no decorrer de sua vida é algo normal. Porém, isso não deve ser tratado apenas no momento em que a pessoa esteja na iminência de se relacionar bastante com pessoas diferentes e em diferentes lugares. Mesmo nos primeiros anos de vida, os pais devem criar laços fortes entre si mesmos e seus filhos. Um diálogo descomplicado, sem barreiras, sem limites, sem imposições e que dê aos filhos a oportunidade de se expressarem com liberdade, irá permitir que eles se tornem pessoas que terão tudo para serem cidadãos de bem e pessoas equilibradas.
Há alguns fatores internos à família que prejudicam muito a formação das crianças e adolescentes. A forma de pensar inflexível e fechada de alguns pais não permite que eles vejam as realidades atuais. Isso faz com que sejam criadas barreiras entre si e seus filhos. Muitos pais são rígidos. Querem que seus filhos vivam a realidade que eles mesmos viveram. Isso é pensar de maneira extremamente limitada. É como querer tapar o sol com uma peneira. Isso não contribui em nada para o bom desenvolvimento daquele indivíduo. Outro fator importantíssimo é a questão do não acompanhamento de perto das emoções e pensamentos da criança e adolescente por parte dos pais. No final da infância e pré-adolescência a mente chega a fervilhar. São infinitas opções, pensamentos, novidades. Quando entra na adolescência, então, ela está prestes a se tornar um cidadão espontaneamente individualista, com pensamentos, atitudes e decisões próprias. Ninguém pode proibi-lo disso. O que ele precisa mesmo é ser orientado, acompanhado.
O diálogo entre pais e filhos é extremamente importante para criar e fortalecer os laços. Um adolescente que não tem espaço para se expressar dentro de casa, invariavelmente vai fazê-lo a uma pessoa externa a esse ambiente. E, muito provavelmente, essa pessoa não estará preparada para orientá-lo de forma correta. Só quem conhece bem a alma dos filhos são os pais. São eles quem mais desejam o bem aos seus rebentos. Então porque limitar as conversas? Por que ter assuntos proibidos? Por que não ser amigo dos filhos? O tempo de investir na aproximação é exatamente esse, onde eles ainda não têm as suas ocupações de adultos. É nesse tempo que eles mais precisam confiar plenamente nos seus pais. Os problemas sexuais e de relacionamentos são os que mais tiram o sossego dos filhos. Adolescentes que se sentem rejeitados pelos colegas. Outros são cheios de dúvidas quanto à sexualidade. E, caso os pais se omitam de se envolver com essas questões, o futuro dos filhos estará comprometido. Não há pessoas melhores que os pais para tratarem disso. É algo que precisa ser confrontado, discutido e trabalhado de forma cautelosa, porém direta.
Não é incorreto afirmar que os maiores problemas sociais vividos atualmente estão diretamente ligados às questões familiares. A violência, as drogas, a falta de estabilidade financeira, emocional e intelectual estão relacionadas com esse assunto. O que precisamos urgentemente é acordar para isso. Enquanto é tempo, que cada família cuide de si própria. E que cada um de nós, como pessoas integrantes da sociedade da qual fazemos parte, que tomemos posição ativa, e não passiva diante disso. Sejamos mais interessados. Menos individualistas. Mais preocupados com os problemas sociais. Afinal, tudo o que plantamos, iremos colher mais à frente. Se queremos um país, um mundo melhor, temos que agir hoje para ver acontecer amanhã. E nossas ações não precisam ser gigantescas. Precisamos, apenas, agir diariamente, cuidando de nosso território. E isso é simples. Desde que seja feito em tempo. Porque, se deixarmos ficar tarde demais, corremos o risco de alguém ter que dizer a nós: toma que o filho é seu. Que possamos trabalhar contra isso. E que Deus nos ajude e não permita que isso ocorra com nenhum de nós. É o nosso desejo sincero.
Helvécio
Esse texto veio de encontro com várias expectativas minhas,e com sua permissão irei usá-lo na próxima reunião de pais!Hoje sabemos que valores importantes tem sido trocados,pais tem dado presentes ,uma liberdade sem direcionamento em troca da importante e fundamental relação-pais e filhos.Muitos pais não tem ensinado seus filhos a serem sonhadores com os pés no chão, a amarem ao próximo, a saberem que a família é um sonho de Deus.Quero que saiba, que mais uma vez você será benção nas vidas de muitos pais e minha oração é que essa reflexão "pese" todos os dias nos corações deles.e que nós possamos sempre revermos nossos valores e conceito.Com carinho Paulo Marcos e Carla Patrícia.(PS:Temos que guardar um pra mim,porque quando tiver filhos quero ler todos os dias)
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