quinta-feira, 2 de maio de 2013

RELAÇÕES JUSTAS

   Todo mundo quer ganhar. Seja na vida pessoal, profissional e nos relacionamentos. No ramo profissional, porém, um bom negócio é aquele no qual existe a relação ganha-ganha. A relação ganha-perde é extremamente perniciosa, pois utiliza a exploração da parte mais fragilizada para o desenvolvimento da outra.
   Em um país realmente desenvolvido, tanto prestadores de serviço quanto tomadores ficam satisfeitos. O primeiro por receber um valor justo. O segundo por ser capaz de pagar sem sacrifícios. Temos que aprender muito ainda, Brasil. Aqui é o ganha-perde que domina. E é por isso que tantas pessoas cobiçam altos postos, posições e oportunidades, principalmente aquelas de passar a perna em alguém ou no governo. Desta forma, a maioria continua achando dificuldades enormes para se sentirem cidadãos. E a minoria, que detém a maior parte da renda, usufrui das benesses que conseguiu obter, porém, confinados em suas jaulas chamadas casas ou viajando para outros países.
   As relações mais justas são aquelas que acontecem sem o menor interesse expúrio. São aquelas onde flui a honestidade e o interesse real pela motivação justa do negócio. Basta que haja a necessidade de ambas as partes fazerem o negócio e ele será justo. Caso uma delas queira fazer com o único objetivo de auferir lucros, a questão já é injusta. Uma definição de justiça é "Dar a alguém aquilo que ele tem o direito de receber". Baseado nisso, podemos analisar quanta injustiça acontece em nosso país, mesmo por aquelas pessoas ditas honestas, que não são políticos, nem ladrões oficialmente. Porém, muitas delas são pessoas que mantém em seus currículos a prática constante de relações injustas.
   Um exemplo disso é o oportunismo que alguém detentor de boa renda adquirir um bem alheio a um preço bem abaixo do mercado pelo motivo que o vendedor está "apertado" e precise fazer a venda com rapidez. Oficialmente, não houve desonestidade. Porém, moralmente, podemos dizer que houve, uma vez que o bem foi adquirido a um preço abaixo do mercado e provavelmente será vendido a preço de mercado ou um pouco acima. Isso é justo? Quem fez tal compra teria coragem de explicar tal negócio aos seus filhos, dando detalhes e contando totalmente a verdade?
   Meus amigos, não há almoços grátis! A vida não é fácil! Realmente, não é! Porém, as relações injustas que ocorrem de forma indiscriminada contribuem e muito para que esse sofrimento aumente e muito! Caso as pessoas procurassem não fazer negócios "passando o outro para trás", a distribuição de renda seria bem mais homogênea e a distância entre uma pessoa que está na base da pirâmide da economia e a que está no topo, tida como a que obteve o sucesso seria bem menor. Desta forma, a cobiça pelos bens de consumo, por propriedades e pelo dinheiro não seria algo que causa tanta celeuma nas diversas classes econômicas. Além disso, o "sucesso" atual não causaria tanta concorrência, pois as pessoas teriam relações mais equitativas, conquanto teriam menos necessidades não supridas, ou seja, viveriam mais satisfeitas. E é isso que um país deve almejar.
    Se vamos ter relações, que elas sejam justas! Parece bem mais correto assim!

Helvécio    

Um comentário:

  1. Sim , infelizmente as pessoas só querem ganhar não importando ter que passar o outro para traz , é um ato triste e desonesto com certeza. O que devemos é procurar fazer a nossa parte sendo corretos deixando o exemplo para que outros possam seguir .Os pequenos gestos devem ser como uma semente ser plantado e aqueles que caírem em terra boa serão cultivados assim conseguiremos fazer acontecer a transformação no coração da humanidade.

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