Ensinamentos, conselhos, dicas, todos esses elementos podem ser transmitidos às pessoas de diversas formas. Em geral, aquelas que já passaram por situações onde aprenderam lições importantes gostam de emitir sua opinião de forma ampla sobre o fato ocorrido. Ocorre porém, que, nem sempre a forma como quem ouve tais informações é aquela esperada por quem as emite. E esse fato às vezes causa certa decepção em quem acabou de chegar em uma conclusão e gostaria imensamente de levar tal conselho a outra pessoa.
Porém, temos que observar o contexto em que cada um vive. Nesse mundo tão vasto em que vivemos, existem inúmeras realidades. Dentro de cada país, existem realidades tão distantes quanto o Sol o é da Lua. Dentro de um mesmo país existem locais onde a chuva impera. Em outras regiões da mesma nação, animais morrem de sede e fome, pela seca que campeia solta. Em alguns locais, as pessoas têm um padrão de vida ótimo. Já, em outros, a qualidade de vida das pessoas é lastimável. E desta forma, podemos notar que existem enormes diferenças entre as realidades das pessoas.
Além dessa disparidade física e relativa ao clima e à qualidade de vida das pessoas, existem outras realidades tão marcantes que vale a pena refletir sobre elas. Existe uma frase das mais verdadeiras: "Em cada cabeça, uma sentença." Essa frase retrata algo importantíssimo: o fato de que a vida de cada pessoa é dela e, apenas dela, não no sentido de posse, mas sim no sentido de vivência em si mesmo. Nenhuma outra pessoa conseguiria compreender perfeitamente a sua vida tanto quanto você mesmo. Isso pelo simples fato de que nenhum outro ser humano pisou onde os seus pés pisaram.
O que podemos concluir partindo desse ponto de vista? Podemos tirar uma simples conclusão: que cada experiência pela qual passamos é única e só pode ser compreendida em sua totalidade por nós mesmos. Muitas vezes ficamos indignados ao ver determinadas atitudes consideradas impróprias. Porém, fazer um julgamento puro e simples não é correto. Podemos citar um exemplo um tanto quanto radical, mas que pode ilustrar bem esta reflexão.
Suponhamos que estejamos parados em um sinal às duas horas da madrugada em um cruzamento de duas avenidas. De repente, surge um carro em alta velocidade e avança o sinal vermelho, cruzando em nossa frente. Imediatamente, a nossa reação será de fazer um julgamento, condenando totalmente a atitude daquele motorista. Evidentemente, a possibilidade de ele estar incorreto é máxima. Mas existe uma mínima chance de que ele esteja conduzindo uma pessoa acidentada ou correndo risco de morte e a esteja levando a um Pronto Socorro. E neste caso, como ficaria nosso julgamento? Imaginemos o que se passaria na mente daquele motorista enquanto conduziria a pessoa em situação grave. Ele apenas desejaria salvar a vida dela, agindo da forma mais rápida possível. É por isso que devemos considerar todas as hipóteses, e jamais julgar qualquer pessoa ou situação.
Cada um de nós vivemos nossa vida particular. Cada um de nós tem o que podemos chamar de Contextos individuais. São a nossa realidade, as experiências pelas quais passamos. As adversidades que enfrentamos. As pessoas com as quais convivemos. Os erros e acertos que cometemos. As vitórias ou derrotas que temos. As pessoas que entram ou que saem de nossas vidas.
De todas as experiências pelas quais passamos, o que podemos considerar de mais importante, sem dúvida alguma são as pessoas que passam por nossas vidas. Desde o dia em que nascemos, até o último dia de nossas vidas, iremos nos relacionar com pessoas dos mais variados tipos possíveis. Algumas delas imprimirão em nós marcas indeléveis, que jamais se apagarão. Outras deixarão em nós sentimentos dos quais jamais desejaríamos ter nos aproximado. Outras tantas serão para nós como a água que bebemos em um momento de sede: não poderíamos viver sem elas.
O mais importante em tudo isso é aprendermos a abastecer a sede de nossas emoções com as consequências importantes causadas por tudo o que tivermos passado. Mesmo as derrotas ou mágoas deixadas em nós terão sua utilidade. Servirão de aprendizado. Mostrarão a nós que temos que aprender a retirar o mínimo de bom que existe nas piores circunstâncias. Tudo isso nos deixará mais forte. Criará em nós certos "anticorpos" que nos deixarão mais preparados para enfrentar as possíveis futuras adversidades.
Agora, falar, sentir e pensar nas consequências louváveis que certas pessoas deixam em nós é o mesmo que estar assistindo o final feliz de um filme marcante. Produz em nós um bálsamo que traz um enorme refrigério. Traz a paz ao nosso coração. Faz-nos sentir, cada vez mais, vontade de viver. Então, que vivamos e tenhamos a cada dia os nossos CONTEXTOS INDIVIDUAIS, mas sempre permeados de relacionamentos que tragam consequências produtivas. Assim seja.
Helvécio
Esse texto teve um grande peso no dia em que li,e comentei com o Paulinho como você tem desenvolvido todas as técnicas de escrita ,sensibilidade e originalidade que é o mais importante para nós.E fora a mensagem que nos trouxe: que devemos respeitar a individualidade de cada um,e que possamos nos esforçar para deixarmos marcas indeléveis e aprender com todas as situações que chegam em nossas vidas.Fica o nosso carinho por palavras tão sábias!Paulo Marcos e Carla Patrícia.
ResponderExcluirQue bom que os textos que escrevo têm sensibilizado os seus corações. Esse é exatamente o principal objetivo a ser alcançado com esse trabalho. Abraço.
ResponderExcluirMeu amigo , que palavras ...
ResponderExcluirestou orgulhosa de você.
Abraço da sua amiga Yara!
Pois é, amiga, tenho escrito exatamente com o intuito de tocar o que temos de mais precioso: nosso coração. Pois, quando ele é tocado, nossa alma torna-se sensível e, algo que ouvimos passa a ser analisado de forma diferente. É um prazer tê-la como leitora.
ExcluirAbraço.