quinta-feira, 20 de outubro de 2011

AME O PRÓXIMO COMO A SI MESMO

   Jesus Cristo nos ensinou que "Devemos amar o próximo como a nós mesmos". Esse é um dos mandamentos cristãos que conhecemos, independente da religião que se siga ou não.    Porém, independente de qualquer crença, dogma, ritual ou profissão de fé que se faça, essa é uma verdade inquestionável que devemos praticar se quisermos ser pessoas melhores.
   Evidentemente, o que mais queremos é ser amados. Porém, nem sempre sabemos nos amar corretamente. Às vezes, temos um amor egoísta. Queremos tudo só para nós mesmos. Às vezes, temos um amor complacente, ou seja, nos fazemos de vítimas para que sejamos amados. O que precisamos é nos amar de forma incondicional e independente. Temos que procurar ser pessoas de caráter, que têm propósitos justos e bons na vida. A partir desse ponto, não devemos nos deixar ser desvalorizados por quem quer que seja. Seguir em frente rumo aos objetivos que traçamos para nós. Isso é uma forma de nos amarmos.
   Agora, amar o próximo como a nós mesmos já é outra história bem mais difícil. Essa prática passa por um exercício dificílimo, às vezes. Este chama-se EMPATIA. Isso significa-se sair de dentro de si mesmo, do seu mundo particular, e colocar-se no lugar do outro. Tentar, ao máximo, sentir o que ele está sentindo. Tentar ver a situação do ângulo que ele está vendo. E isso é difícil. Se sou comprador, não vejo o lado do vendedor. Se sou o vendedor, vejo o meu lado. É algo realmente complicado.
   Talvez, por isso mesmo, seja muito difícil praticar o que está escrito no título desse texto. A verdade é que, se conseguirmos amar o próximo da mesma forma que nos amamos, estaremos praticando a verdadeira caridade, que significa o amor desprendido. Em uma passagem do Novo Testamento, aprendemos que temos que considerar os outros superiores a nós mesmos. Isso pode parecer um contrasenso para nós. Porém, só pensando assim é que conseguimos nos colocar no lugar do outro.
   Temos que entender que já nascemos egoístas. Não há como negar isso. Basta ver as atitudes voluntárias de um bebê. Tente pegar algo dele. Tente fazer com que ele compartilhe algo seu. Viemos ao mundo com essa natureza, e ela só pode ser modificada se algo acontecer em nosso interior. De fora pra dentro, as coisas que acontecem não duram muito tempo. Há que se ter uma mudança no âmago do nosso ser, dentro daquilo que é a nossa essência.
   Só teremos paciência com as pessoas, se as amarmos como a nós mesmos. Só conseguiremos conviver bem com pessoas diferentes, se as amarmos como a nós mesmos. Só saberemos divulgar as leituras corretas e tomar as atitudes convenientes, em se tratando de relacionamentos, se amarmos o próximo como a nós mesmos.
   Esse amor pelo próximo, quando praticado, nos faz enxergar corretamente, sem escamas. Ele nos mostra que nem sempre estamos certos. Ele faz com que paremos, respiremos fundo e reflitamos em nossa posição. E chegar à conclusão de que estamos certos, nem sempre é uma vantagem. Estar certo ou errado não importa muito. O que importa é o que vamos fazer com essa conclusão. Alguém que entenda que está certo pode se fechar para o aprendizado. Porém, quem viu que estava errado, humilha-se, e a prudência se aproxima dele e o aprendizado chega de forma natural.
   Vamos amadurecer em relação à vida. Vamos aprender a aprender. E a melhor forma de fazer isso é não nos voltarmos pra dentro de nós mesmos como uma clausura. Pelo contrário. Nos abrirmos para ver o lado de nosso próximo é algo que nos enriquece e traz a nós crescimento humano. E, finalmente, tudo isso faz com que nossas relações sejam cada vez mais proveitosas. E, tudo o que precisamos, além de nos amarmos, é nos relacionarmos bem com os outros. E, sem amar o próximo como a nós mesmos, não há como fazê-lo. Portanto, amemo-nos e amemos o nosso próximo. Para que tenhamos vários próximos. E também, que sejamos próximos de muitos! Amém.

Helvécio

Um comentário:

  1. E isso ai mestre,mais uma vez se mostrando um verdadeiro escritor!Sabemos que todo o pecado origina-se do desejo de ser feliz independente da glória de Deus e sem amar ao próximo.E o mandamento de Jesus de "Amar ao próximo como a si mesmo",corta o orgulho pela raiz,porque o orgulho é a presunção de que podemos ser feliz sem depender de Deus como fonte de nossa felicidade e sem nos importar se os outros encontram felicidade em Deus,ou seja o orgulho é o desejo contaminado e corrupto de ser feliz.E amar ao próximo é fazer aos outros o que gostaríamos que fizessem a nós, eu tenho que buscar para o próximo não as mesmas coisas que busco para mim,mas buscá-las com a mesma "maneira",intensidade,empenho,dedicação e perseverança.Mestre e você conseguiu passar isso de forma clara e verdadeira,continue buscando sempre seu aperfeiçoamento no que gostas de fazer.Com carinho ainda maior:Paulo Marcos e Carla Patrícia.

    ResponderExcluir