sexta-feira, 11 de novembro de 2011

ADAPTAÇÕES

   Uma das maiores dificuldades que enfrentamos é, em geral, ter que lidar com coisas e pessoas diferentes, ou seja, com as quais não estamos acostumados a trabalhar. Muitas vezes, queremos que os outros pensem e ajam como nós o fazemos. Em geral, gostamos e queremos lidar com coisas fáceis, com as quais já lidamos antes.
   Porém, precisamos entender uma coisa. Somos apenas um ser humano, vivendo entre milhares de outros, com os quais nos deparamos todos os dias. Seria muito egoísmo querer que os outros pensem como nós. A verdade é que gostamos muito de comodismo. Quando temos um ponto de vista sobre qualquer assunto, em geral, pensamos que essa é a única visão correta. É muito cômodo querer que os outros mudem para se adaptarem ao nosso estilo.
   Evidentemente, não podemos ter opiniões vacilantes, ou seja, em um dia pensamos de uma forma e em outro, pensamos de outra forma. Isso seria não ter opinião própria. Porém, não podemos, também, ser inflexíveis em nossos pontos de vista. Temos que entender que, ao formarmos uma opinião sobre determinado assunto, as circunstâncias são fotografadas naquele e somente naquele exato momento.
   As coisas mudam. As pessoas também mudam. Nós também mudamos. Portanto, manter uma mesma opinião sobre determinado assunto sem refletir sobre o mesmo, seria uma falta de bom senso. Precisamos enxergar que manter um relacionamento, seja de que natureza for, consiste em compartilhar tudo o que é possível. E, dentre esse tudo possível, estão as opiniões. Uma pessoa forma sua opinião baseada em uma infinidade de fatores. Um deles seria a educação e formação que a pessoa teve na infância. É inegável que toda a carga de informações e hábitos que recebemos quando crianças reflete em toda a nossa vida. Depois desse fator, vem a questão das pessoas com quem nos relacionamos além da família, que influências esses pessoas tiveram em nós. Além disso, vem a questão da opinião própria. É muito importante a forma como nós mesmos vemos as coisas que aprendemos e aquelas que são compartilhadas conosco.
   Uma das atitudes mais plausíveis em toda a nossa vida diz respeito às adaptações que temos que fazer. Existem infinitas pessoas e coisas que não são harmônicas com nosso modo de viver e com nossa opinião. Nesse momento, pode-se instalar um ou vários conflitos. Inicialmente, devemos, sim, emitir e firmar nossa opinião sobre aquele fato ou coisa. Porém, após as considerações de todos, caso seja plausível, temos que abrir mão de certas coisas em favor do grupo. É inevitável que alguns componentes do grupo abneguem-se de suas opiniões para que a opinião do grupo como um todo venha à tona. Afinal, caso se mantivessem as opiniões individuais, não haveria um grupo.
   Em inúmeros pontos em nossa vida, necessitamos fazer adaptações. Caso tenhamos uma opinião muito firme, inflexível, a tendência é que fiquemos isolados em nosso canto. Poderemos até estar corretos em nosso ponto de vista, porém, ficaremos, por decisão própria, excluídos das demais pessoas envolvidas.
   O que procuramos para nossa vida? O sucesso pessoal, individual, custe o que custar? Ou queremos ser pessoas vitoriosas, juntamente com as pessoas que nos cercam, participando, também, das vitórias deles e permitindo que eles participem das nossas? Se a sua resposta for o segundo caso, há uma indicação muito apropriada: faça, quando necessário, ADAPTAÇÕES.

Helvécio

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