terça-feira, 8 de novembro de 2011

ORGULHO OU ORGULHO?

   Tenho orgulho de ser brasileiro. Ou o meu orgulho me impede de assumir um patriotismo que eu gostaria de ter?
   Tenho orgulho do meu trabalho. Ou o meu orgulho me impede de admitir meus defeitos, e eu fico sempre fingindo que está tudo bem profissionalmente?
   Tenho orgulho das coisas que fiz na vida. Ou o orgulho que tenho me diz que não preciso assumir os erros que cometi, pois os acertos foram bem mais numerosos?
   Tenho orgulho de ter os amigos que tenho. Ou o orgulho que tenho me faz rejeitar as críticas construtivas que um amigo de verdade me faz?
   Tenho orgulho de falar a verdade na cara das pessoas, ser sincero. Mas o meu orgulho de ser uma pessoa não me atrapalha a também ouvir quem me diz a verdade, mesmo que ela venha a doer em mim?
   A palavra orgulho tem duas conotações. Ela pode ser positiva ou negativa. E ambos os significados são válidos. O importante é o contexto na qual ela é usada e o sentido que se dá a mesma. A conotação positiva é quando a pessoa diz: tenho orgulho dos meus filhos. Nesse sentido, a pessoa sente-se satisfeita por ver as atitudes dos seus filhos. É algo que engrandece a pessoa. A conotação negativa é quando a pessoa tem um orgulho como um sentimento de brio individualista. E esse sentimento faz com que a pessoa sinta-se auto-suficiente em muitos momentos. E esse sentimento a impede de abrir sua vida para aceitar críticas ou para ser ajudada em algum aspecto.
   Independente do significado, o importante é procurar viver uma vida da qual outras pessoas se orgulhem. E evitar que o orgulho negativo nos impeça de crescer como pessoas. Qualquer sentimento que tenhamos, só deve ser conservado se o mesmo faz bem a nós e às pessoas que convivem conosco. E o orgulho só faz isso se for na conotação positiva. Que possamos ter muitos amigos que se orgulhem de nós. E que possamos, também, nos orgulharmos de todos que são do nosso círculo de amizade. E ponto. 

Helvécio

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