sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A TEORIA DE MASLOW - INVERSÃO DE VALORES

   De acordo com a teoria de Abraham Maslow, psicólogo norte americano, existe uma classificação de valores que foi categorizada em uma pirâmide, conhecida como a pirâmide dos valores de Maslow.
   Nesta classificação, temos, na base da pirâmide, os valores básicos, aqueles que estão relacionados com o suprimento das necessidades primordiais do ser humano, tais como alimentar-se, ter saúde etc. No topo da pirâmide, temos os valores menos importantes e que são buscados quando os demais estão alcançados.
   Hoje, porém, podemos observar uma inversão desses valores. Podemos ver que as drogas fazem pessoas buscarem uma satisfação pessoal a todo custo, até mesmo vendendo objetos de uso básico de suas casas. Também observamos filhos ignorando o conhecimento e a sabedoria que seus pais tentam lhes comunicar, muitas vezes e infelizmente em vão.
   É triste vermos tais fatos ocorrendo no mundo, mas parece inevitável que eles ocorram. Há algumas décadas, quem poderia se imaginar sendo guiado por um aparelho de gps, alcançando facilmente locais ermos. Quem pensava poder fazer uma ligação telefônica do fim do mundo ou no meio do mar, ou até mesmo enviar uma foto instantaneamente após ser tirada e torná-la acessível a todos os interessados?
   O porém, meus caros, é que isso tudo ocorre e as pessoas absorvem sem nem ao menos pensar. A geração da internet perde enorme conteúdo ao assimilar as coisas automáticas e não correr atrás para conhecer o caminho mais longo que era percorrido para se alcançar com dificuldade o conhecimento e as vitórias.
   Pensam no momento em que deveriam agir, de forma simples. E atuam sem pensar, meio que paralisados, quando encaram algo mais sério. É, meus amigos, os valores estão invertidos. Um aparelho celular do último tipo vale mais que a honra de uma pessoa. Um ingresso de um show custa o equivalente a uma mensalidade de um curso de inglês. Paga-se muito por algo que durará muito pouco. Gasta-se com coisas que nem podem ter sua importância medida.
   Será que todas as mudanças são necessárias? Creio que não. A resistência a mudanças que muitas pessoas têm se justificam, em muitas vezes. Precisamos desacelerar nesta longa viagem que fazemos. Abrir a janela de nossa alma e olhar lá fora a paisagem. Observar no retrovisor quem nos está seguindo. Limpar o pára-brisas para podermos enxergar melhor o longínquo horizonte que nos espera. E, caso seja necessário, pararmos o carro no estacionamento, descer do mesmo e até verificar se nosso destino não está equivocado. 
   Pois, caso esteja, consideremos se os valores de nossa vida estão invertidos. Pode ser que isso esteja ocorrendo. Se estiver, sejamos honrados o suficiente para admitir. Depois disso, entremos novamente em nosso veículo e comecemos a percorrer o caminho inverso. É isso!

Helvécio

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