sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

AMEAÇAS OU OPORTUNIDADES?

   Tudo o que se apresenta diante de nossos olhos, ou que sensibiliza nossos ouvidos, é automaticamente captado pelo nosso cérebro e irá causar alguma reação instantânea, pois é confrontado, em minúsculas frações de segundo com todos os registros que temos relativos àquele fato. A forma como vemos as coisas depende de inúmeras variáveis.
   Seja nas questões profissionais, pessoais, emocionais ou de qualquer natureza que sejam, todos nós temos uma forma única de enxergarmos os fatos e notícias. As circunstâncias que aparecem diante de nós serão analisadas de acordo com o registro histórico armazenado em nossas memórias.
   Dentro dessa linha de raciocínio, novidades são sempre alvo de conversas, de análises, de estudos e planejamentos. Podemos comparar nosso comportamento diante de tal situação com um aparelho de GPS, que tem, inicialmente, uma rota traçada para um determinado percurso. Ao se deparar com um fato novo no trajeto, ele é levado a refazer a rota, analisando muitas variáveis, principalmente as que apareceram repentinamente.
   Situações novas poderão ser, para nós, ameaças ou oportunidades, dependendo de várias questões e pontos de vista diferentes. Nossa impressão sobre determinado assunto ou fato pode ocorrer de três modos: pode ser pré-formada, poderá ser formulada posteriormente ao aparecimento de tais fatos, ou o será em tempo real, no momento exato em que ele surgir. Caso nosso cérebro consiga processar instantaneamente as informações e consiga nos apresentar uma conclusão aceitável e politicamente correta, será feito imediatamente. Caso contrário, precisaremos ruminar os itens para, depois de um tempo, concluir algo sobre eles.
   Fatos trágicos sempre tendem a ser ameaças a uma sociedade. O ambiente é prejudicado com destruições, com ausência de recursos básicos, com pobreza, com mortes, com fome, com devastação de áreas construídas, enfim, com uma situação totalmente catastrófica.
   Porém, até mesmo catástrofes como esta podem ser vistos como uma oportunidade por derminadas pessoas. A situação de caos é inquestionável. E, também, que é uma ameaça à paz e ao bem estar das pessoas, é inegável. Isso é fato, não se discute. 
   Porém, a questão não é essa. Após o acontecimento de um fato, não se pode mais voltar a nenhum instante anterior ao mesmo. Isso é passado. E analisar as ameaças de forma simplista, conectadas ao tempo que já se foi,  não ajuda em nada. O que é necessário fazer é saber identificar as oportunidades que surgirão após o acontecimentos dos fatos negativos.
   Algumas pessoas ficam lamentando acontecimentos, vislumbrando um futuro totalmente ruim em vários aspectos. Porém, afirmo, categoricamente, que muitos futuros só podem ser reconstruídos de forma renovadora se algumas construções do passado forem destruídas. Até mesmo uma cidade inteira pode  ser reconstruída de forma muito mais eficiente e planejada caso seja destruída por um caos. Evidentemente que têm que se lamentar todas as perdas, principalmente as vidas que se vão. Porém, uma vez que essas vidas se foram, chorar ou lamentar sobre seus túmulos em nada ajudará.
   O que é necessário, portanto, é uma nova forma de ver os acontecimentos. Oportunidades. É isso que precisa ser visto em tudo o que é novo, seja o fato bom ou ruim. Para a frente é que se anda. Somos seres com olhos na parte frontal do nosso rosto, ou seja, fomos construídos para olhar sempre à frente. Porque, então, insistimos em querer virar o nosso pescoço cento e oitenta graus para descortinar o passado?
   Uma coisa nosso futuro nos solicita: que descubramos quais são tais oportunidades. Pois, que as encontremos.
Helvécio

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