COMO NÃO PENSEI NISSO ANTES?

   É muito interessante quando temos um monte de idéias na mente e precisamos resumi-las em poucas palavras. Quando eu defini o subtítulo do livro que vou lançar, o fiz de forma automática, sem raciocinar. Simplesmente escrevi "100 textos para refletir em 100 dias." Creio que me lembrei da capa de algum livro de autoajuda e transcrevi essas palavras.

   Porém, depois de consultar algumas pessoas sobre a capa e obter opiniões interessantes, fui refletir sobre a mesma, o que incluia, obviamente, o título e o subtítulo. O título define a essência do livro. O subtítulo descreve brevemente o seu conteúdo e sua aplicação prática.

   Logo, refletindo sobre o conteúdo e sobre estes detalhes, vi que meu livro não será uma coletânea de 100 textos para serem lidos em 100 dias. Não, não será. Ele não se limita a nada, nem tempo nem espaço. Nenhum texto meu se limita ou limita o leitor que reflete nele, muito pelo contrário. Cada texto envolve o leitor consigo mesmo, desvendando assuntos antes obscuros. É como se a pessoa saísse de uma gaiola na qual estava preso em seus conceitos formados.

   E, refletindo melhor, analisando e ouvindo amigos e amigas, pude entender que eu devia manter o título, pois ele é ótimo. E que eu deveria formular o subtítulo, para que ele pudesse, reduzidamente, dizer algo que surpreenda o leitor, antes mesmo de se debruçar sobre as primeiras palavras do textos que irá ler.

   Colhi informações, pedi sugestões, pensei, repensei, analisei. Esperei. Deixei passar alguns dias. Permiti que minha mente viajasse mais um pouco sobre temas variados e formas diversas de se reduzir uma idéia a poucas palavras.

   E, finalmente, após uma reflexão muito interessante, consegui chegar onde eu queria. E o subtítulo será: COMO NÃO PENSEI NISSO ANTES?

Helvécio