quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

NEM TUDO

Nem tudo que reluz é ouro. Às vezes, é reflexo de algo oxidado.
Nem tudo que parece é. Às vezes, não é mesmo.
Nem tudo ou todo que abraça é amigo. Às vezes, é um inimigo disfarçado.
Nem tudo que assusta é perigoso. Às vezes, é apenas um vento.
Nem tudo que faz sorrir é bom. Às vezes, é uma brincadeira sem graça.
Nem tudo ou todo que sorri é bondoso. Às vezes, é lobo disfarçado de cordeiro.
Nem tudo que aparece é novo. Às vezes, é algo muito velho com uma veste nova.
Nem tudo ou todo que chora está triste. Às vezes, é choro de alegria ou emoção.
Nem tudo ou todo que fica sério quer brigar. Às vezes, só quer sua atenção.
Nem tudo que some vai fazer falta. Às vezes, já deveria ter ido antes.
Nem tudo que se ganha será bom. Às vezes, vale a pena avaliar.
Nem toda vitória trará benefícios. Às vezes, trará um ônus caro demais.
Nem toda luta é legítima. Às vezes, lutam por ideais levianos.
Nem todo sofrimento faz feridas. Às vezes, criam uma pele mais resistente.
Nem toda festa vale a pena. Às vezes, é melhor refletir com quem está de luto.
Nem tudo o que se ouve, guarda-se. Às vezes, é melhor esquecer ou ignorar.
Nem tudo o que existe, será conhecido. Às vezes, passará desapercebido.
Nem tudo o que se diz será compreendido. Às vezes, não se quer compreender.
Nem tudo o que se ensina será aprendido. Às vezes, não se sabe ensinar.
Nem tudo o que se lê, entende-se. Às vezes não se sabe ler.
Nem tudo o que se quer, pode-se ter. Às vezes não é pra se ter.
Nem tudo o que se quer ver, se enxerga. Às vezes estamos cegos.
Nem tudo o que parece difícil, é impossível. Às vezes, basta um esforço.
Nem tudo.

Helvécio

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