terça-feira, 26 de julho de 2011

Marketing Pessoal versus Arrogância

    Há uma frase que diz: "Entre um bom marketing pessoal e a arrogância não passa um fio de cabelo. (Victória Bloch)." Muitas pessoas interpretam essa frase entendendo que, de uma forma ou de outra, você estará sendo arrogante se fizer seu marketing pessoal, mesmo que faça bem feito. Vamos compreender de forma diferente. Essa frase quer dizer que é muito difícil fazer um bom marketing pessoal e que o limiar entre ele e a arrogância é muito estreito. Há certas pessoas que sempre vão interpretar seu marketing pessoal como sendo uma tremenda arrogância. Mas não devemos nos basear por esse tipo de interpretação. Devemos agir tentanto atingir a média da opinião das pessoas. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra.
    Qualquer propaganda requer exposição. E os olhos sensibilizados terão, obrigatoriamente, opiniões diversas. Porém, aqueles que enxergarem além da propaganda, os que investigarem melhor, verão se há ou não conteúdo por trás da mesma. Se não houver, realmente será uma arrogância. Porém, se existirem outros ingredientes na retaguarda da mesma, isso quer dizer que há um sentido em se divulgar aquele conteúdo, pois é uma forma de chamar as pessoas para conhecer algo que tem uma aplicação, um objetivo, um conteúdo.
    Se toda propaganda fosse arrogância, os melhores produtos não precisariam de comerciais. Seriam vendidos apenas pela sua qualidade. Mas já está comprovado que a propaganda é a alma do negócio. Os melhores produtos têm as melhores propagandas. E continuam sendo bons. Trazendo isso para o lado pessoal, pode-se entender da mesma forma. Um bom profissional pode divulgar a si próprio puramente com o objetivo de informar suas capacidades e conseguir melhores ocupações.
    Afirmo que muitos bons profissionais se resguardam em seus cantos, de forma humilde, por terem receio de se passarem por arrogantes. Não obstante, poderiam divulgar a si próprios sem deixar de ser o que são, pessoal e profissionalmente. Existe, no Brasil, uma exportação de profissionais entre cidades e estados por muitos motivos. Além da falta de profissionais capacitados localmente, afirmo que a falta de um bom marketing pessoal cria essa brecha. Caso soubéssemos divulgar melhor as nossas capacidades, encontraríamos ocupações melhores, com certeza, sem necessidade de irmos para outras cidades.
    Evidentemente que, para fazer seu marketing pessoal, tem-se que ter muito tato. Saber lidar com as palavras ao expor-se é algo que exige muito cuidado e cautela. Qualquer palavra dita de forma destoante do contexto pode soar como soberba ou arrogância. O ideal é fazer a coisa de forma bem profissional, com termos técnicos e de forma impessoal, apresentando qualidades e experiências, focando-se no objetivo da empresa e nos benefícios e vantagens que seu conhecimento e experiência podem trazer para a organização.
   Enfim, cada profissional precisa aprender a fazer seu próprio marketing pessoal. Em alguns momentos, basta trabalhar de forma competente, sem nada dizer. Em outros casos, é bom que se fale de forma natural de sua experiência. Encontrando esse meio de divulgação de conhecimentos, habilidades e atitudes, poder-se-á atingir o resultado esperado. Outra questão importante abordada recentemente é a capacidade de aprender a aprender. Vencer limites. Desenvolver-se. Agregar conhecimento. Apresentar vantagens. Crescer sempre.

Helvécio

2 comentários:

  1. Se reconhece de imediato quando um bom marketing pessoal é bem conduzido. Mas encontramos situações que o profissional contrata uma empresa para elaborar o seu plano de marketing sem a conduta ética necessária colocando em risco o próprio contratado. Daí a máxima ser um alerta para estas situações. Um bom marketing pessoal é feito entre os próprios clientes, i.e., aqueles que receberam um serviço a altura da necessidade pretendida.

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    1. Boa observação, amigo(a). Se quiser identificar-se, será enriquecedor, pois seu comentário é muito rico.
      Obrigado

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