quinta-feira, 11 de agosto de 2011

EFEMERIDADE


   Todas as vezes que vemos algo novo nos enganamos. Não existe nada novo. Tudo nessa vida passa. E como o tempo passa, um segundo depois que se tornou novo, já não o é mais. Um minuto depois que nasceu, uma criança já não é mais nova como estava dentro do útero materno. Isso porque ao nascer, várias células foram mortas no atrito com a mãe ou com as mãos do médico. E a renovação de células é um sinal de envelhecimento. 
   É paradoxal isso. Como uma renovação pode ser sinal de que algo está ficando velho? Mas é, pois as células do nosso corpo não têm capacidade eterna de se renovar, há um limite. Portanto, dizendo de um modo mais radical, logo que nascemos nós já começamos a morrer.
   Você pode dizer: que visão mais pessimista da vida é essa? Realmente, não é nada agradável ter que encarar a realidade tão de frente assim. Pensar na velhice antes mesmo de chegar na juventude? Pensar na morte antes mesmo de chegar ao primeiro ano de vida? Isso seria um absurdo! Mas não é! Infelizmente não é! Essa é a realidade latente que muitos não querem encarar, talvez para fugir dela, não querendo admitir a realidade.
   Eu afirmo que você está mais perto de duas horas à frente do que perto do segundo anterior. Duas horas passam rápido e logo chegarão. Ao segundo anterior você jamais voltará.

O tempo é o melhor sinal da efemeridade.

Façamos uma análise.

Helvécio

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