quinta-feira, 11 de agosto de 2011

EXPECTATIVA


   Segundo o Aurélio, Expectativa é: Esperança fundada em supostos direitos, probabilidades ou promessas. Tomando essa definição como base, vamos comentar um pouco sobre esse tema. Bem, esperança é algo importante que precisamos ter para acreditar que as coisas vão mudar. O jargão diz: "a esperança é a última que morre." Bem, se ela é a última, então mesmo que todas as outras coisas ou sentimentos bons já tenham sido extintos, ela ainda está lá, presente, firme. 
   Podemos dizer, então, que a esperança é um dos principais motivos de não se morrer na praia. Mesmo que o tempo pareça ter acabado, continuamos esperando. Mesmo que todos digam que não vamos conseguir, continuamos prosseguindo e tentando. Mesmo que toda a história nos conte que ninguém nunca conseguiu, continuamos acreditando e querendo ser os primeiros a conseguir. Mesmo que as forças já estejam no fim e não haja horizonte favorável, continuamos apostando, investindo e nos dedicando a conquistar uma vitória marcante. Podemos entender, então, que a esperança é um conceito muito importante.
   E outra coisa interessante nessa definição é que construímos essa expectativa com base em supostos direitos, probabilidades ou promessas. Isso quer dizer que há motivos para sentir o frio na barriga, quando ele vier. Ele é normal. E essa sensação de iminência, do estar perto, de certo modo faz bem. Ela nos faz ter que nos preparar para algo. Faz com que estejamos vivos, desejosos, pulsantes. Só tem expectativa quem corre atrás de novidades,  quem arrisca, quem não foge da raia, quem dá a cara a tapas, quem se expõe. E isso é muito nobre. 
   Certa vez li uma frase que diz: "Você pode ficar desapontado se fracassar, mas está condenado se não tentar." Vamos refletir um pouco sobre essa frase. O fracasso não é de todo ruim. É evidente que ele tem sabor de derrota. Mas, muitas vezes, junto com o fracasso vem uma experiência de vida tão grande que concluímos que houve algo de bom no fracasso. Na maioria das vezes não tínhamos maturidade o suficiente para suportar e manter aquela vitória que não aconteceu. E o aprendizado que adquirimos com isso é enorme. A primeira coisa que aprendemos é que ou fomos por um caminho errado, ou usamos táticas erradas, ou o alvo estava errado, ou não estávamos preparados. Aprendemos também que há tempo para tudo. Há tempo de ganhar e tempo de perder. E na perda também se ganha algo. Experiência, aprendizado. Ganha-se força, resistência.
   Agora, analisando o final da frase, vemos o seguinte: não tentar é algo terrível. Você jamais saberá qual seria o resultado da tentativa. Existe sensação mais aborrecedora? Antes mesmo de começar, você desiste? Isso é um ato de covardia. Não podemos deixar o medo nos impedir de tentar realizar nossos sonhos. Muitas vezes ouvimos tanto as vozes inconvenientes, que nos deixamos moldar pelo sentimento de derrota antecipada.
   Precisamos entender que ninguém é melhor que ninguém. Todos nascemos com capacidades e possibilidades. Evidentemente que muitos são criados dentro de um ambiente de incredulidade muito grande. Isso prejudica, com certeza, a capacidade de acreditar em sonhos, e muitas vezes mirra de vez o exercício de almejar uma situação melhor. Mas não precisamos ficar a vida toda vivendo o que os outros querem que vivamos. Precisamos tomar o leme de nossas vidas. Nos tornamos adultos, e isso nos capacita a tomar fôlego para saber quem somos, onde estamos e para onde queremos ir. Temos que criar, nós mesmos, todas as expectativas que precisamos para nossa vida. Vamos fazê-lo?

Helvécio

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