Você já viu uma pessoa idosa insistindo para conversar com você? Já viu uma pessoa de mais idade rejeitando um auxílio?
Já viu uma senhorinha querendo "investigar" sua vida? E você tentando se esquivar disso tudo?
Sabe por que não entendemos isso e, às vezes, até podemos achar inconveniente? É porque ainda não sentimos aquilo que essas pessoas sentem. Quando você corta um dedo, pode sentir a dor desse machucado e vai querer sará-lo rapidamente. Mas caso esteja com o dedo perfeito, nem vai ligar para essa questão.
Pessoas idosas sentem-se sós. A sua vida útil terminou para a sociedade. E não há nada mais frustrante para uma pessoa que já passou da meia idade do que sentir-se improdutivo ou inútil. Para quem está na plena atividade, ser útil é algo normal, corriqueiro. Você não sente falta disso, pois faz parte do seu dia-a-dia. Porém, lembre-se daquele dia em que você teve que tirar um atestado de alguns dias a mais. Que tédio! E isso foi por apenas alguns dias. Pense em ter que se aposentar! Ou em não ser mais produtivo como já foi antes. Isso é algo que povoa diariamente a cabeça de pessoas na nessa idade. Precisamos buscar a empatia para entendermos, pelo menos um pouco, do que se passa na cabeça das demais pessoas.
Deveríamos aprender, desde nossos primeiros anos, a ouvir as pessoas mais velhas. O conflito de gerações existe, em geral, por dois motivos: o primeiro e que mais ocorre é a ignorância, no sentido literal, dos jovens, que sempre acham os mais velhos antiquados; o segundo é a falta de sabedoria de muitos pais ou pessoas mais velhas para ensinar os mais jovens.
Já viu uma senhorinha querendo "investigar" sua vida? E você tentando se esquivar disso tudo?
Sabe por que não entendemos isso e, às vezes, até podemos achar inconveniente? É porque ainda não sentimos aquilo que essas pessoas sentem. Quando você corta um dedo, pode sentir a dor desse machucado e vai querer sará-lo rapidamente. Mas caso esteja com o dedo perfeito, nem vai ligar para essa questão.
Pessoas idosas sentem-se sós. A sua vida útil terminou para a sociedade. E não há nada mais frustrante para uma pessoa que já passou da meia idade do que sentir-se improdutivo ou inútil. Para quem está na plena atividade, ser útil é algo normal, corriqueiro. Você não sente falta disso, pois faz parte do seu dia-a-dia. Porém, lembre-se daquele dia em que você teve que tirar um atestado de alguns dias a mais. Que tédio! E isso foi por apenas alguns dias. Pense em ter que se aposentar! Ou em não ser mais produtivo como já foi antes. Isso é algo que povoa diariamente a cabeça de pessoas na nessa idade. Precisamos buscar a empatia para entendermos, pelo menos um pouco, do que se passa na cabeça das demais pessoas.
Deveríamos aprender, desde nossos primeiros anos, a ouvir as pessoas mais velhas. O conflito de gerações existe, em geral, por dois motivos: o primeiro e que mais ocorre é a ignorância, no sentido literal, dos jovens, que sempre acham os mais velhos antiquados; o segundo é a falta de sabedoria de muitos pais ou pessoas mais velhas para ensinar os mais jovens.
Pessoas nessa fase da vida têm um conteúdo enorme para nos apresentar. Deveríamos, pelo menos uma vez por mês, separar um bom tempo para apenas ouvirmos as experiências de um avô, uma avó, ou de seu pai ou mãe ou alguma pessoa amiga. E devemos ouvi-las com o coração, sem filtrar de imediato aquilo que ouvimos. Devemos deixar que aquelas palavras caiam em nossa alma como sementes que podem gerar bons frutos. Pense no conteúdo acumulado por uma pessoa que já viveu várias décadas. Quantas vezes essa pessoa já se sentiu feliz? Quantas decepções ela já teve? Quantas vezes ela foi frustrada? Quantos erros cometeu? E quantas vitórias também ela já teve? Quantos semelhantes ela perdeu ou entes queridos? Quantas experiências ela já teve na vida? Qualquer pessoa mais jovem que for sábia irá atentar para essa sabedoria que vem dessas pessoas e irá desejar que isso seja compartilhado com ela.
E a sabedoria que adquirirmos desta forma tem um objetivo. Para sermos pessoas úteis, devemos ter, dentro de nós, uma bagagem consistente, capaz de ser aplicável em várias ocasiões. E essa bagagem é adquirida ao longo de nossa existência. Nossa vida é como um rio que segue caudaloso o seu curso. No percurso de nossa vida, encontramos vários detritos jogados na margem de nossos dias. Recebemos, também, uma enorme quantidade de "água" dos nossos principais afluentes. Os primeiros e maiores são nossos pais, irmãos e familiares. Mas encontramos vários amigos ao longo de nossa vida que depositam em nós conteúdos importantes.
E, como esse rio, nossa existência vai passando por lugares diferentes, seguindo o seu curso natural. Em tempo seco ou chuvoso, vamos irrigando as margens que surgem diante de nós. E, tudo aquilo de bom, que é simbolizado pela vida que um rio carrega, são as coisas que temos dentro de nós que nos fazem ser úteis para as pessoas com as quais nos relacionamos. A bagagem que acumulamos é também depositada na margem da vida de cada pessoa que cruza conosco. E o mais importante é saber que podemos ser úteis em um ou vários sentidos, na vida de muitas pessoas. Para algumas, serão apenas alguns momentos. Para outros, será uma vida toda de utilidade, mesmo nas mais difíceis adversidades. Nesse caso, uma das maiores demonstrações de ser útil é a capacidade de suportar junto com nossa família e pessoas mais próximas os momentos difíceis.
Devemos seguir nossa vida agindo como um rio que sabe obter o melhor de toda a bagagem que ele recebe ao longo do seu curso. Sendo assim, obteremos o melhor que a vida nos oferece, e teremos a nossa vida útil prolongada ao máximo. Sejamos úteis. E tenhamos a empatia para compreender as pessoas mais idosas que ainda o querem ser.
Helvécio
E a sabedoria que adquirirmos desta forma tem um objetivo. Para sermos pessoas úteis, devemos ter, dentro de nós, uma bagagem consistente, capaz de ser aplicável em várias ocasiões. E essa bagagem é adquirida ao longo de nossa existência. Nossa vida é como um rio que segue caudaloso o seu curso. No percurso de nossa vida, encontramos vários detritos jogados na margem de nossos dias. Recebemos, também, uma enorme quantidade de "água" dos nossos principais afluentes. Os primeiros e maiores são nossos pais, irmãos e familiares. Mas encontramos vários amigos ao longo de nossa vida que depositam em nós conteúdos importantes.
E, como esse rio, nossa existência vai passando por lugares diferentes, seguindo o seu curso natural. Em tempo seco ou chuvoso, vamos irrigando as margens que surgem diante de nós. E, tudo aquilo de bom, que é simbolizado pela vida que um rio carrega, são as coisas que temos dentro de nós que nos fazem ser úteis para as pessoas com as quais nos relacionamos. A bagagem que acumulamos é também depositada na margem da vida de cada pessoa que cruza conosco. E o mais importante é saber que podemos ser úteis em um ou vários sentidos, na vida de muitas pessoas. Para algumas, serão apenas alguns momentos. Para outros, será uma vida toda de utilidade, mesmo nas mais difíceis adversidades. Nesse caso, uma das maiores demonstrações de ser útil é a capacidade de suportar junto com nossa família e pessoas mais próximas os momentos difíceis.
Devemos seguir nossa vida agindo como um rio que sabe obter o melhor de toda a bagagem que ele recebe ao longo do seu curso. Sendo assim, obteremos o melhor que a vida nos oferece, e teremos a nossa vida útil prolongada ao máximo. Sejamos úteis. E tenhamos a empatia para compreender as pessoas mais idosas que ainda o querem ser.
Helvécio
Sua mensagem caiu-me como uma luva!
ResponderExcluirJá fui uma pessoa útil na sociedade,pois fui professora por mais de 30 anos,ajudei acuidar de meu pai até o seu falecimento,minha mãe morou comigo durante 12 anos,cuidei dela em sua doença,esse terrível mal de Alzheimer,no qual apessoa sofre e faz sofrer os familiares,no caso eu,pois os outros eram ausentes.
Agora,em minha velhice,me sinto muito só,não tenho amigos,não tenho com quem conversar,pois meus filhos são muito ocupados,trabalham odia todo e tem suas famílias para cuidar,porisso não os culpo nem cobro nada deles.
Cuido de uma netinha de 6 anos,que é minha única alegria de viver.Mas é uma criança e não preenche a necessidade que tenho de uma pessoa para dialogar,falar sobre coisas próprias da minha idade,enfim,sou uma pessoa solitária,carente de palavras amigas,de afeto.E como dói isso!
Realmente não é fácil encarar essa realidade. Mas que bom que o texto serviu para refletir sobre isso. É sempre bom tê-la como leitora. Um abraço.
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