Em alguns momentos de nossa vida, paramos e pensamos: será que temos permissão para ser felizes? Ou será que o normal é sofrer? Ou será que o normal é viver sempre tendo que batalhar para conseguir uma vidinha mais ou menos? Creio que existem muitas pessoas que já passsaram por tantas dificuldades em suas vidas que provavelmente já se fizeram essa pergunta: é permitido que eu seja feliz?
Peço permissão para ser feliz. Não peço para ser o mais rico dos homens. Apenas quero poder desfrutar da vida sem ter que me preocupar diariamente apenas em pagar contas. Peço permissão para ter uma família feliz. Não quero que minha família seja perfeita. Nem tampouco que seja a melhor família do mundo. Só quero que seja uma família, onde possamos desfrutar da força que reside nos relacionamentos desse tipo.
Durante o curso de nossa vida, passamos por inúmeros momentos. Muitos são agradáveis. Outros são importantes. Muitos outros são tristes. Uma questão fundamental que precisamos analisar é que importância damos a esses diferentes tipos de momentos que vivemos. Com que intensidade vivenciamos os momentos felizes? E os momentos mais tristes?
Devemos aprender a celebrar mais os momentos felizes. Eles são importantíssimos, tanto para quem os vive quanto para os amigos que presenciam a vitória de seus companheiros. Para uma criança que cresce em um ambiente de celebração de vitórias, sua auto-estima tende a ser muito boa. Para outra que cresce em meio a sofrimentos sem fim, a dificuldade de acreditar nas próprias vitórias será infinitamente maior.
Ser feliz não é questão de ausência de problemas. Nem de uma vida em um mar de rosas. É questão de se ter paz interior. E, para ter essa paz, é necessário que haja serenidade. E serenidade só vem com segurança. E segurança depende de fatores internos e externos. Talvez mais internos do que externos. Os fatores externos são alheios ao nosso controle. Já, os internos, não. Caso tenhamos fé suficiente para crer que Deus nos guarda onde quer que estejamos, haverá segurança. Ela nos traz uma calma necessária para desenvolvermos em melhores condições as nossas atividades diárias.
Tudo o que precisamos, para sermos felizes, é ter uma vida equilibrada. Viver de altos e baixos só traz prejuízos. Estar muito bem em um dia e muito mal no outro. Isso não traz um bom futuro para ninguém. O que precisamos, realmente, é embutirmos em nossa vida o seguinte lema: devagar e sempre. Porque devagar não significa demorado. Significa ter uma cadência. Ter continuidade. A cada dia um pouco melhor. Sem extremos. Mas, também, sem retrocessos. Acreditar. Ir avante. Persistir. Continuar. Não desistir. Não desanimar.
Peço permissão para ser feliz. Quem me concederá essa permissão? Provavelmente, eu terei que responder isso a mim mesmo. As escolhas que faço diariamente me dirão se serei feliz ou não. Portanto, digo a mim mesmo: meu caro, você tem, sim, permissão para ser feliz. Use essa permissão da forma mais responsável possível, mas não deixe de usá-la. Caso contrário, ela pode atrofiar-se. Ou seja, pratique-a diariamente.
Helvécio
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